O garimpo ilegal na Serra da Borda, instalado próximo ao município de Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá), será desocupado até o dia 19, informou a Secretaria de Segurança Pública (Sesp). Os trabalhos de desocupação e isolamento da área, que estão sendo realizados pelo Estado e a União, já tiveram início.
De acordo com as informações, nos últimos dias, a Polícia Militar – que coordena a ação – realizou diversas ações preventivas na região. Colocou ainda barreiras fixas e volantes, bem como operações voltadas a apreensão de drogas, produtos ilícitos e outros.
O Estado foi intimado pela Justiça Federal, decorrente a uma ação civil ajuizada pelos Ministérios Público Federal e Estadual, em 28 de dezembro e desde então, começou a traçar um plano para desenvolver as ações, dentro de um cronograma. Ficou definido que as forças de segurança estaduais irão realizar a desocupação.
Já a União será responsável pela preservação do local, com o auxilio das tropas federais. A medida serve para impedir que haja uma nova ocupação, assim como ocorreu após a primeira desocupação, em novembro do ano passado.
Caberá ainda ao Departamento Nacional de Produção Mineral, emitir autorizações de exploração de pesquisa mineral às empresas interessadas, para que elas possam voltar a atuar na área.
Ontem, de acordo com o secretário-adjunto de Integração Operacional da Sesp, coronel PM Joelson Sampaio, a polícia começou reforçar o efetivo no local com o apoio da Força Tática.
Já no sábado (16), está previsto para acontecer o bloqueio total do garimpo. “Após o bloqueio, ninguém mais entra no garimpo. E no dia 19, deverá ocorrer a desocupação total do local”, ressaltou.
Essa é a segunda ação de desocupação da área. Em 10 de novembro, ocorreu a primeira com o uso das forças federal e estadual, com o cumprimento de mandados de prisão expedidos nos inquéritos, envolvendo práticas delitivas no garimpo.
Mas, ainda assim, muitos garimpeiros passaram por cima e retomaram a exploração na área, acreditando que encontrariam grandes quantidades de ouro. O prefeito de Pontes e Lacerda, Donizete Barbosa, defendeu a exploração como objetivo de “fomentar” a cidade. (Com Assessoria)