Para reforçar o trabalho que já é feito durante todo o ano em Cáceres, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, está promovendo diversas ações de prevenção contra o mosquito da dengue, O “Aedes Aegypt”, que também é o grande responsável pela Zika Virus e Chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito e que têm alguns sintomas semelhantes. Para o prefeito Francis Maris, a única maneira eficaz de combater a dengue é através de uma parceria entre o poder público e a sociedade. Por esta razão Francis vem acompanhando de perto todas as atividades da secretaria. “As ações de conscientização são um passo importante para alcançarmos o objetivo, de se não erradicarmos, diminuirmos sensivelmente a reprodução do mosquito, mas precisamos também contar com os moradores para darmos continuidade ao trabalho de prevenção, pois a quase a totalidade dos focos estão instalados em áreas privadas. A conscientização é o nosso principal aliado nesta luta”, destaca Francis.

O secretário de saúde Roger Rodrigues concorda com o prefeito. “ A população também é responsável pela limpeza e eliminação de focos do mosquito vetor”.  Ele avalia como  fundamental  que os moradores também façam sua parte evitando jogar lixo em terrenos baldios e não deixando objetos espalhados pelos quintais, terrenos ou depósitos,
como pneus velhos, garrafas e recipientes que acumulem   água parada. O secretário conclama a população  facilitar o acesso dos agentes de saúde quando os mesmos visitarem suas casas e estabelecimentos comerciais para  inspecionarem o local.

“Infelizmente ainda encontramos algumas resistências, como aconteceu hoje (12),  pela manhã, em um imóvel, onde lamentavelmente o proprietário não autorizou a entrada de nossa equipe.  Registramos um Boletim de Ocorrência na  Polícia Civil, e vamos analisar a decisão a ser tomada. Alguma coisa errada havia naquela residência, não podem impedir a fiscalização, poderia ser um foco, um criadouro do mosquito”, desabafa o secretário Roger.

A agente de saúde Karina Jatobá Coimbra, explica que a larva do Aedes aegypti pode ficar até um ano sem água e, depois de ter contato com a água, ele se transforma em mosquito em apenas uma semana. “Nós, agentes de endemias, continuamos o nosso trabalho de fiscalização em locais vulneráveis e nas residências que recebemos denúncias. É impressionante o descaso e falta de compromisso de algumas pessoas”, explica Karina.

"Nós não conseguiremos controlar a doença sem o apoio da população." O desabafo é da Coordenadora  da Vigilância Sanitária do município de Cáceres, Mayara Albuquerque. “Se os quintais continuarem a contar com recipientes que possam acumular água, se a limpeza não for feita de forma adequada, poderemos fazer de tudo que o mosquito transmissor vai encontrar um ambiente propício para se reproduzir. Diante disso, a conscientização de toda a comunidade é fundamental para vencer a guerra contra a doença”, orienta Mayara. Ela revela ainda que a Vila Irene foi a região de Cáceres com maior foco do Aedes Aegypt e que ações pontuais e frequentes foram desencadeadas para eliminar o mosquito no setor.