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PM prende 27 garimpeiros em uma semana
Por Diário de Cuiabá
12/01/2016 - 15:13

Foto: Diário de Cuiabá

A Polícia Militar realizou nada menos que 27 prisões em flagrante somente no espaço entre a primeira segunda-feira (4) do ano até o segundo domingo (10) no garimpo em Pontes e Lacerda (480 km a Oeste de Cuiabá). Em todas, a confirmação de que a área tornou-se rastilho de pólvora, à espera do menor sinal de faísca. À ganância humana, uniram-se o tamanho da área e a indefinição pública sobre a melhor maneira de conter seu avanço. 

Entre os motivos para as 27 prisões registradas em flagrante, cinco foram por posse de aparelhos detectores de metal e outras cinco acompanhadas pela apreensão de caminhonetes. Essas e o restante foram consideradas em flagrante delito, porque a motivação leva à prática de dois crimes principais: invasão de propriedade particular e crime ambiental. Assim que são detidos, os autuados são levados até a cidade de Pontes e Lacerda e de lá para Cáceres, onde há uma sede da Polícia Federal. 

“É um crime de âmbito federal [além de todos os outros] também, pois se trata do descumprimento de uma decisão judicial federal, a que proíbe a entrada e exploração de minerais na área”, explicou a assessoria de comunicação da Polícia Militar, nesta segunda-feira (11). 

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp), por sua vez, explicou que as operações de desocupação da área que começou a ser invadida, gerando uma febre do ouro, em outubro de 2015, só vai começar na semana que vem, em uma data ainda não definida. 

O comando da PM informou que as operações da corporação por lá resumem-se a tentar conter o avanço do garimpo, inclusive com duas equipes da força tática deslocadas para a região. “Nós estamos aumentando gradativamente o efetivo no local”, disse a representação da PM, até que haja uma decisão judicial definitiva sobre a situação. O principal trabalho dos soldados lá é fazer revistas na estrada de acesso. 

A área do garimpo fica numa região conhecida como Serra da Borda, em Pontes e Lacerda (município localizado a cerca de 480 quilômetros da capital) e começou a ser ocupada ao começo de outubro do ano passado. Com boatos, montagens de fotos e depoimentos de gente dormindo pobre e acordando ricas, rapidamente a população no local chegou a quase sete mil pessoas. 

Vindas dos mais diversos cantos do país, enfrentavam o terreno íngreme, o solo arenoso e as péssimas estradas de acesso. Além dos garimpeiros, o comércio de praticamente tudo começou a imperar por ali. Não deu nem um mês da lotação máxima e o judiciário federal determinou a desocupação da área pela Polícia Federal. Mais de 150 policiais militares estaduais atenderam ao chamado. Como parte desse efetivo teve que voltar aos seus locais de origem, as pessoas começaram a retornar. Nova decisão judicial determinou novo plano de desocupação, ainda em elaboração pelas forças públicas de segurança.

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