Semana Nacional da Família
Por por Padre Jair Fante
18/08/2012 - 16:19
Estamos concluindo a Semana da Família! Data importante para todos nós! Sabemos que toda pessoa depende de outro ser humano, homem e mulher para vir a este mundo.
Nascemos dependentes e se não fosse um pai e uma mãe pra cuidar de nós, quando ainda crianças frágeis, não resistiríamos à fome, à sede e a tantas outras necessidades da infância.
Assim sendo, é nesta relação de dependência que nos desenvolvemos como filhos e filhas de uma família, tendo o mesmo sangue, a mesma casa e aprendendo os mesmos costumes.
Cada um de nós tem assim a sua história de família. É a partir da família que adquirimos nossos padrões e que formamos nossa identidade.
Ao longo do tempo a instituição família foi sofrendo modificações tanto no seu jeito de viver quanto também na sua dimensão quantitativa.
Antigamente as famílias eram muito mais numerosas e as responsabilidades de cada um, dentro da família, eram bem diferentes de hoje.
O pai, antigamente, tinha três funções principais: cuidar de sua mulher, administrar os bens da família e cuidar para que os filhos multiplicassem os bens conseguidos.
A mulher devia ficar em casa cuidando dos filhos e da própria casa.
Hoje muita coisa mudou nas responsabilidades familiares, alguns dizem que foi para o bem, outros dizem que foi para o mal; mas o importante é que cada um assuma suas responsabilidades próprias dentro da família, pois assim certamente vamos viver bem melhor e em harmonia.
A Igreja Católica, mãe e mestra nas questões relacionadas à família, nos propõe, nesta semana, a Semana Nacional da Família, trazendo como tema: “a família: o trabalho e a festa”.
O exemplo proposto é sempre o da Família de Nazaré: José, Maria e Jesus. Foi na Família de Nazaré que Jesus viveu o período mais longo de sua vida. Foi neste ambiente familiar que Ele fez suas primeiras experiências de amor, cuidado e carinho.
Ali sedimentaram suas imagens, figuras e linguagem, assim como sua maneira de agir em relação às pessoas.
Sua mensagem tem sempre um cunho familiar: o camponês que semeia a semente, a mulher que mistura a farinha, o pai com seus dois filhos, e mesmo no momento angustiante da cruz, remete-se à relação mãe e filho – Filho, eis aí a tua mãe, mãe, eis aí o teu filho.
Também nós crescemos numa família humana, dentro de vínculos de acolhimento que nos permitem responder à vida humana em vista à transcendência, isto é, na direção de Deus.
Também nós nos tornamos aquilo que recebemos de nossa família: a religiosidade, as nossas raízes, o nosso jeito de falar e de ver o mundo, a vida diária e os sonhos para o porvir.
A aventura da vida humana começa a partir daquilo que recebemos: a vida, a casa, o afeto, a linguagem e a fé. É, portanto, na família que se faz a partilha dos dons recebidos. A nossa humanidade é, na verdade, construída sob a base familiar, com tudo o que ela envolve.
Sabiamente afirmava o saudoso papa João Paulo II: A FAMÍLIA É O MELHOR E MAIOR INVESTIMENTO NO NOVO MILÊNIO.
Quem assim o faz, assegura o mais rico patrimônio não só para si, mas também, para seus herdeiros.
Pe. Jair é
Secretário Geral da Diocese de Cáceres