Pedrinho Lacerda, presidente da Azpec

No último dia 18 de abril, o governador Pedro Taques assinou o termo de autorização de abertura de licitação, que dá início aos trâmites legais do processo licitatório para implantação da primeira etapa da ZPE. Foram 26 anos de espera, desde que o projeto foi idealizado. Nessa primeira fase os investimentos serão de R$ 16 milhões, já garantidos pelo executivo estadual.

Sob responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), 17 empresas já estão pré-cadastradas para se instalar no local, através das cartas de intenção. A área destinada à ZPE fica no Distrito Industrial de Cáceres. A área total do Distrito é de 570 hectares, dos quais 240 foram cedidos para a implantação da Zona de Processamento e Exportação.

Segundo informou hoje ao Diário de Cáceres o presidente da AZPEC (administradora da ZPE), Pedro Alexandrino Panoff de Lacerda, a ZPE de Cáceres nascerá em 24 hectares. “Será o primeiro dos dez módulos”- disse ele. E informou também que dentro dos 240 hectares destinados ao projeto só tem uma empresa, a Floresteca, que está funcionando. Mas ela não está localizada na área de 24 hectares do primeiro módulo.

Empresas como a Cooperativa de Criadores de Jacarés do Pantanal (Coocrijapan), Proteínas MS, JBS (antiga Tannery) e curtume Fuga estão no Distrito Industrial, mas não na área da ZPE. “Como todas as empresas que se instalarem na ZPE, elas terão que se adequar às normas e criar a estrutura necessária dentro da Zona de Processamento”. Pedro Lacerda disse que a Coocrijapan já manifestou interesse nesse sentido.

A legislação hoje determina que 20% do que for produzido na ZPE se destinem ao mercado externo, mas há um projeto em andamento para que este limite dobre, passando a 40% para exportação.

Com o edital lançado em 18 de abril, há o prazo de 60 dias para a licitação de fato. “Mais uns 30 dias para o processo de contratação da empresas vencedora, em 90 dias as obras começam”- informa o presidente da AZPEC. Neste primeiro módulo de 24 hectares, quatro são para a infraestrutura e vinte para a instalação de empresas. “Temos que ter uma estrutura completa, desde um armazém alfandegado, como ruas asfaltadas, iluminação, segurança, etc. Neste primeiro módulo nasce a ZPE, e depois de completados os dez módulos de 24 hectares, atingindo a área total, o complexo poderá receber mais área. O que eu vejo é que as empresas estão esperando a ZPE “acontecer”, para que então entrem e façam parte. Aliada a outros projetos de desenvolvimento, como a hidrovia, por exemplo, considero a ZPE como uma ferramenta incontestável de desenvolvimento econômico para Cáceres e para o Mato Grosso”.Pedro Lacerda Informou ainda que todo o processo de implantação está aprovado pelo Conselho Nacional de Zonas de Processamento de Exportação. "Não há como não acontecer a ZPE de Cáceres/MT. Tudo está encaminhado".

Das 8 às 10 horas de hoje, a reportagem do Diário de Cáceres tentou contato com as empresas Proteínas MS (3224-2137); JBS(Tannery)-3224-1011, e Coocrijapan (3224-1300). A Coocrijapan foi a única a atender mas a informação é que o presidente da cooperativa, João Henrique, está viajando.