Policiais rodoviários de Mato Grosso entram em greve nesta terça-feira (21), já que não houve acordo nas negociações de aumento salarial com o Governo Federal. No Estado, 420 policiais rodoviários fiscalizam veículos, combatem tráfico de drogas, contrabandos, recuperam carros roubados e atendem outros casos, em quatro rodovias federais. O percentual proposto pela categoria é de 15%, mas não foi aceito pelo Goveno. Segundo o presidente do sindicato da categoria no Estado, Paulo Vinicius Barros de Assis, apenas casos graves de acidentes serão atendidos e os 30% do efetivo que a lei exige. O Governo marcou para quinta-feira (23) uma reunião com os representantes dos patrulheiros, mas, até lá, os serviços de fiscalização serão prejudicados. Com a paralisação da PRF, as rodovias estaduais ficam sem fiscalização. Será suspensa a fiscalização de atos ilícitos nas rodovias estaduais, como tráfico de drogas e crimes ambientais, bem como da emissão de boletim de acidentes. Os demais acidentes de trânsito, sem gravidade, terão as ocorrências registradas apenas nos postos da PRF-MT. Reivindicações Segundo o presidente do sindicato, a categoria pede reajuste salarial, uma vez que a remuneração atual estaria defasada há 10 anos, e reconhecimento do cargo como nível superior. Paulo de Assis afirmou que, hoje, o salário inicial de um policial rodoviário federal é de R$ 5.080 e, apesar do nível superior ser obrigatório para assumir o posto, a carreira ainda é considerada e remunerada de acordo com o nível médio. Com o reajuste pretendido, o salário inicial da categoria subiria para aproximadamente R$ 8 mil. Além disso, a PRF-MT reclama do efetivo atual, que não seria satisfatório para atender à demanda do Estado. Segundo Assis, o ideal seria que Mato Grosso contasse com 800 policiais nas rodovias estaduais, mas possui apenas 50% desse contingente.