A Prefeitura de Cáceres, através da  Autarquia Águas do Pantanal, iniciou hoje, 01/07, o funcionamento das atividades do Aterro Sanitário, com um evento de conscientização ambiental para coletores de resíduos que atuavam no lixão.

A solenidade de lançamento aconteceu no Centro  de Múltiplo Uso, bairro Cavalhada,  às 07h30, com a presença do prefeito Francis Maris, do diretor da Autarquia Águas do Pantanal, Paulo Donizete e da secretária de Meio Ambiente do município, Maria Aparecida Nepomuceno dos Santos Silva. Secretários municipais, servidores da prefeitura,  educadores, integrantes do Cáceres Recicla e cooperativas,  ambientalistas também participaram.

O Aterro Sanitário propõe no seu novo formato, a coleta seletiva de detritos. Um projeto iniciado em 2004, que foi paralisado diversas vezes por questões financeiras e ambientais e retomado pela atual administração, nicia sua operação, já nesta sexta-feira, culminado com a desativação imediata do lixão.

Um tema recorrente na maioria dos municípios brasileiros, a correta gestão do lixo urbano, ganha novos patamares no município de Cáceres. Com um custo operacional de aproximadamente  R$ 100 mil, o aterro necessita de um plano de gestão  de resíduos autossustentável,  para seu funcionamento.

Segundo o diretor da  Águas do Pantanal, Paulo Donizete , este plano já está definido. Ele acrescenta que, através da participação da sociedade na contribuição da taxa de lixo, está sendo possível dar este salto na qualidade de vida da população. O diretor alerta que a coleta seletiva será gradativa e que no começo grande parte do lixo despejado no aterro será formada por não recicláveis. Como a coleta seletiva ainda não ocorria no município, será comum agora no início,  encontrar plásticos, vidros, metais e papéis descartados no local.

Paulo informa ainda, que com o Aterro Sanitário ativo, o “Lixão” que recebe todos os tipos de dejetos a céu aberto será desativado.  “O “Lixão” é nocivo ao ambiente, despeja um lixo tóxico na superfície, o chorume, que facilmente se infiltra no solo, contaminando o lençol freático. Já o Aterro Sanitário,  é feito em vala profunda, forrada por uma manta que age como impermeabilizante do solo, minimizando os impactos causados ao meio ambiente”, explica Paulo.

Ele  afirma que com a desativação do lixão, o local será gradativamente recuperado.

Com relação aos coletores, cooperativas de catadores de lixo, todos serão inseridos no processo, com a parceria da UNEMAT, através de um cadastramento já iniciado.

Para o prefeito Francis Maris Cruz, Cáceres está cumprindo uma Lei Federal que obriga todos os municípios brasileiros a acabarem com os lixões a céu aberto e construir aterros sanitários. Francis avalia  que com isso ganha à população e o meio ambiente. “Temos que preservar as nossas riquezas naturais, os nossos atrativos, os nossos mananciais hídricos. Já estava na hora de mudarmos nossa coleta ”.

Para ele,  o bom funcionamento do Aterro depende da comunidade, pois ela precisa se conscientizar que o projeto precisa do engajamento de todos os munícipes, principalmente na hora de  separar os resíduos sólidos orgânicos e  recicláveis, através da coleta seletiva. Francis ainda observa que o Aterro sanitário deve receber os rejeitos que não podem ser reciclados. “Todo o resto deve ser reciclado, contribuindo com o meio ambiente e produzindo renda, para isso é necessária a coleta seletiva. Vamos conscientizar os moradores de Cáceres para separarem seus resíduos, descartar o que não serve e reservar o que é reciclável”, discursa ele.

Durante o evento uma lixeira foi instalada e a simulação de descarte dos desejetos  recicláveis e orgânicos foi realizada no local.

O prefeito anuncia que junto a essa nova fase da coleta seletiva,  será criado um centro de triagem, onde os catadores de detritos terão inúmeras vantagens, entre elas, cestas básicas, assistência médica e ajuda de custo, dentre outras, através da Autarquia Águas do Pantanal. "O Centro de triagem será no bairro Jardim Aeroporto, na antiga sede da ASSINCRA.

Outra orientação dada pelo prefeito foi o de ter cuidado na separação e proteção de objetos que podem ferir os manuseadores do descarte. “Vidros e  objetos perfuro -cortantes devem ser embalados de uma forma que preserve a integridade física dos catadores”, finaliza Francis Maris.