Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Orçamento chegou ao fim
Por Célio Fernandes, vice=presidente do CDL
22/04/2012 - 06:56

Diário de Cuiabá Os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-oeste (FCO) para Mato Grosso em 2012 chegaram ao fim para o segmento de comércio e serviços. Esse orçamento que geralmente se esgota entre setembro e outubro acabou antes mesmo do encerramento do primeiro quadrimestre do ano, fato inédito no Estado. Demanda forte pelo financiamento e a agilização na aprovação das cartas-consultas e na liberação do dinheiro seriam as causas do consumo, dos R$ 257,79 milhões repassados, em apenas quatro meses. Na próxima semana, durante reunião técnica dos membros que integram o Conselho Estadual do Fundo, o Banco do Brasil irá formalizar a situação e provavelmente deixará, a partir do encontro, de acolher cartas-consultas e projetos que visam enquadramento no FCO, até como forma de não criar expectativas nos empresários e evitar que os projetos entregues tenham de ser atualizados nos meses seguintes. Os repasses de qualquer linha devem ser cessados a partir do momento que o teto anual for atingido. Como o FCO é administrado pelo Ministério da Integração Nacional, pelo Banco do Brasil - como agente financeiro - e pelo Condel/FCO - Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-oeste cabe às instituições a decisão de adicionar ou não recursos com o orçamento anual ainda em andamento. Dentro da modalidade empresarial, as outras três linhas de financiamentos continuam abertas para coleta de cartas-consultas. Para a atividade industrial foram disponibilizados R$ 134,78 milhões, para infraestrutura, R$ 134,78 milhões e para o turismo, R$ 193, 87 milhões. Dentro da modalidade, o segmento de comércio e serviços é o que detém o maior orçamento, R$ 257,79 milhões. No entanto, na comparação entre o realizado em 2011 houve acréscimo de recursos de 11,3% para todas as linhas, exceto ao comércio e serviços que disponibilizou 7% a menos, quando comparado aos R$ 277,59 milhões liberados no ano passado. Como explica o analista de Mercado Pessoa Jurídica da Superintendência do Banco do Brasil no Estado, Eduardo Luna, é possível que a linha destinada a este segmento da modalidade empresarial possa ser suplementada no decorrer do ano, mas isso é apenas uma previsão. “No ano passado, o orçamento total do FCO para o Estado, rural mais empresarial, era de R$ 1,38 bilhão, mas ao final do exercício o Estado contabilizou repasses de R$ 1,89 bilhão, prova de que houve reforço ao orçamento no decorrer do exercício 2011”. Indagado sobre a falta de recursos, Luna explica que em princípio a escassez dos recursos pode ser negativa, no entanto, como chama atenção, isso revela o dinamismo da economia e um dos segmentos mais importantes que temos. “Além da forte demanda no início do ano, temos outros fatores que podem ter influenciado o consumo do orçamento, a agilidade na recepção e liberação dos recursos, como também, na melhor qualidade dos projetos apresentados pelos empresários. Essa dobradinha fez com que os processos caminhassem rápido”. Luna lembra que o aumento da capilaridade do Banco dentro do Estado também exerceu influência e que todos os funcionários que tratam de operações de investimentos foram capacitados para facilitar o trâmite dos processos e melhor entender às necessidades dos tomadores dos recursos. “Outra preocupação que temos é a de alinhar os discursos entre os que fazem os projetos do FCO e à burocracia contida no FCO. Na semana passada mesmo, houve uma reunião com os maiores projetistas do Estado com representantes da direção geral do Banco que vieram de Brasília para apontar as necessidades que o BB tem para deferir os pedidos e avaliar o que os projetistas estão fazendo”. ALTERNATIVA – Como reforça Luna, a linha destinada ao segmento de comércio e serviços é a única que atingiu o teto do orçamento anual para 2012, seja na modalidade empresarial como na rural. Para os empresários que necessitam de aportes com recursos públicos, Luna indica as linhas do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que assim como várias linhas de crédito, também estão acompanhando a temporada de reduções de juros que estão acontecendo no Brasil. “É claro que pelo caráter regional do FCO ele acaba sendo mais demandado pelo acesso mais facilitado e por ter taxas de juros mais baixas em relação ao mercado e fixas. As taxas do BNDES são interessantes e são formadas por meio de uma cesta de critérios que envolvem aspectos pessoais de cada tomador. O BB é o maior repassador de recursos do BNDES do Brasil”. Na modalidade rural as taxas anuais variam de 5% a 8,5% e na modalidade empresarial, de 6,75% a 10%, conforme o perfil de enquadramento do tomador, pelo seu faturamento bruto.
Carregando comentarios...

Política

CPI Cachoeira, saiba quem assinou

21/04/2012 - 07:35
Geral

Juristas amenizam penas para furtos

21/04/2012 - 07:03
Meio Ambiente

Dragagem do rio Paraguai começa em maio

20/04/2012 - 08:38
Polícia

PF executa Operação DEMETER

20/04/2012 - 08:34