A Polícia Federal e o Ministério Público Federal desencadearam nesta quinta-feira (14) a Operação Malebolge - 12ª fase da Ararath -, que tem como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em 64 endereços. Não há mandados de prisão.
Participam da ação 270 pessoas dentre policiais federais e membros do MPF nos seguintes municípios: Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Araputanga, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Juara, Sorriso, Sinop, Brasília e São Paulo.
A operação tem como base a delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), seus familiares e do ex-chefe de gabinete Sílvio César Correa Araújo. O ex-chefe do executivo detalhou a Procuradoria Geral da República (PGR) 56 eventos criminosos, desde pagamento de “mensalinhos” a deputados estaduais de sua gestão, compra de vagas no Tribunal de Contas, pagamento de propinas, entre outros.
ALVOS
Até o momento, os alvos identificados são os gabinetes dos deputados estaduais citados na delação do ex-governador. Já foram confirmados os gabinetes de Ondanir Bortolini (PSD) "Nininho", Guilherme Maluf (PMDB), Gilmar Fabris (PSD) e Baiano Filho (PSDB). Em Sorriso, policiais estão na casa do deputado estadual José Domingos Fraga (PSD), enquanto em Juara o alvo é a prefeita Luciane Bezerra (PSB).
Em Rondonópolis, o alvo é ex-deputado estadual Hermínio Barreto também é alvo. Em Araputanga, policiais estão em endereços ligados ao ex-deputado Airton Rondina "Português" e, em Pontes e Lacerda, policiais cumprem buscas contra o ex-deputado Antonio Azambuja.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Carlos Avalone, também é alvo.
Em Brasília, os agentes da Polícia Federal estão na casa do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. A residência dele em Rondonópolis e o prédio da Amaggi, em Cuiabá, também são alvos.
O nome da operação, Malebolge, citado no poema A Divina Comédia, significa "bolsas malditas".