Mato Grosso registrou aumento de 116% dos casos da febre chikungunya entre janeiro a 2 de setembro deste ano se comprado ao mesmo período de 2016. Dados da Vigilância Epidemiológica, ligada à Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT), mostram que agora, em 2017, foram notificadas 2.999 ocorrências da doença. Já os casos de dengue e zika sofreram redução de 64% e 91%, respectivamente.
Conforme balanço divulgado pela Ses/MT, até o último dia 2 deste mês (35ª semana epidemiológica) 34 cidades mato-grossenses registraram casos da chikungunya. A análise por município de residência revela ainda que 107 municípios estão sem a ocorrência do agravo, ou seja, silenciosos, para a febre chikungunya.
Em relação à dengue, o boletim epidemiológico, mostra que foram registrados 9.725 casos, o que representa uma redução de 64%. Até o dia 2 setembro, 92 municípios haviam notificado casos.
Até o momento não houve confirmação de óbitos por dengue em 2017. Porém, há 12 casos em investigação em Canarana, Colíder, Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Rosário Oeste, Sinop (3), Várzea Grande (3) e Campo Grande (MS), por uma pessoa que teria contraído a doença aqui no Estado.
Já quanto a febre causada pelo vírus zika teve 2.238 notificações, o que representa uma redução de 91% em relação ao mesmo período de 2016. Segundo uma análise dos casos por município de residência, são 108 municípios sem ocorrência da zika. Também, até o momento, não houve confirmação de óbitos pela doença neste ano, mas há um caso em investigação em Várzea Grande.
A Secretaria de Saúde informou ainda que, levando em conta a incidência acumulada, Mato Grosso apresenta média incidência de dengue (294/100 mil habitantes) e baixa incidência de chikungunya (91/100 mil habitantes) e da zika (68/100 mil habitantes).
De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Moraes, o aumento de casos de febre chikungunya já era esperado, porque são doenças de caráter sazonal. Ela lembrou que já houve picos de casos de dengue e, embora os casos tenham reduzido 64%, comparado ao mesmo período do ano passado, é preciso ficar alerta. “A vigilância está alerta, porque podem aparecer outros sorotipos da dengue e ações estão sendo trabalhadas”, informou.
A Vigilância alertou ainda que a falta de saneamento básico, cuidados domiciliares e o início do período chuvoso no mês de outubro, podem propiciar o aumento dos números de criadouros do Aedes aegypti, que transmite as três doenças. Com isso, ocorre a necessidade do alerta para aumentar a atenção e os cuidados com essas doenças com este vetor. (Com assessoria)