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TJ adere campanha de combate ao suicídio
Por Glaucia Colognesi
18/09/2017 - 11:33

Foto: Otmar de Oliveira
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso aderiu a “Campanha Setembro Amarelo, de combate ao suicídio”, desenvolvido pela Associação Mato-grossense de Psiquiatria. O apoio institucional foi oficializado pela presidente em substituição legal do TJMT, desembargadora Marilsen Andrade Addario, ao receber a visita do presidente da Associação Matogrossense de Psiquiatria, Carlos Renato Periotto, em seu gabinete, nesta sexta-feira (15 de setembro).
 
Dia 10 de setembro foi o Dia Nacional da Prevenção, mas a conscientização ocorre até o fim do mês. A desembargadora literalmente vestiu a camiseta da ação. Ela se comprometeu a realizar o combate do suicídio junto aos servidores do Poder Judiciário, por meio de campanhas na intranet.
 
“Temos que olhar nossos servidores não apenas como produtores de trabalho. As pessoas têm sentimentos e problemas. Muitas vezes nos atolamos no trabalho e negligenciamos o lado humano. E aí não percebemos quando o colega precisa de ajuda. Temos que cuidar dos nossos servidores e magistrados, ter um olhar mais profundo, perceber quando há necessidade de um tratamento”, afirmou a desembargadora Marilsen.
 
Periotto alertou sobre dados estatísticos alarmantes e agradeceu a recepção acolhedora que recebeu. “É gratificante ver este esforço no TJ para somar conosco nesta luta”, assegurou. Segundo a Associação de Psiquiatria, ocorrem entre 8 mil a 10 mil suicídios por ano no Brasil. Para cada suicídio consumado, há 17 tentativas fracassadas, o que representa 170 mil pessoas no país pensando e tentando acabar com a própria vida.
 
O médico observa que a maioria dessas tragédias poderiam ser evitadas. “90% das pessoas que se suicidaram tinham algum distúrbio mental, como por exemplo, a depressão que poderia ter sido tratada”, informou.
 
Dentro da programação da campanha, membros da Associação irão panfletar no Parque Tia Nair, no próximo domingo (17 de setembro), das 8h às 10h. Eles também vão orientar as pessoas a como ajudar os seus familiares e amigos a desistir do suicídio. “A gente pergunta para as pessoas o que elas falam ou fazem quando alguém fala que vai se matar. Elas dizem que dão conselhos, manda a pessoa ir à igreja ou pescar. Tudo isso é bom, mas é indispensável leva-lo para tratamento com psiquiatra. Tem que entrar com medicação”, pontuou.
 
O profissional frisou que é imprescindível acabar com o estigma de que é vergonhoso ir ao psiquiatra. “Vamos acabar com essa ideia de que psiquiatra é médico de louco e de que é vexaminoso falar dos sentimentos ao profissional de saúde mental”, concluiu.
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