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Porto Esperidião: médicos plantonistas ficam em casa e causam revolta
Por Muvuca Popular
07/03/2018 - 08:11

Foto: Ilustrativa

Uma decisão polêmica movimentou o município de Porto Espiridião (405 KM), na última semana. Veareadores barraram um projeto de lei que exige ao médico de plantão que cumpra a carga horária dentro da unidade de Pronto Atendimento. Atualmente, os profissionais da saúde ficam em casa até que sejam acionados, para algum atendimento de emergência e urgência. 

A decisão foi tomada durante uma votação na Câmara Municipal, e aprovada por 7 votos contra e 2 favorável. A argumentação da maioria do parlamentares é que o profissional fazendo plantão na unidade, custaria mais ônus para o município. Isso porque, aumentaria carga horária do médico. O salário dos médicos, segundo relatos de vereadores durantes vários debates em plenário sobre a saúde, chega a R$ 27 mil, sendo  R$ 10 mil por expediente, R$ 10 mil por pantão, e alguns ganham gratificações.

Parlamentares também argumentam que a não aprovação do projeto, se dá pelo simples fato de que não existe local adequado para que os médicos descansem na hora de recolhimento, ou seja, sala de repouso. Porém, profissionais da saúde da cidade denunciam que a informação não procede, pois existe uma sala de acomodação, própria para receber o médico. Além disso, o local é bem estruturado e apropriado para atendimentos. Sendo que funciona das 07:00 horas até as 17:00 também como Posto de Saúde da Família (PSF). 

"Chega a ser cômico ver esses médicos em casa e não no Hospital. Se chegar alguém morrendo, até chegarem para atender, a pessoa corre o risco de nem estar mais viva", disse um servidor que não se indenficou e deixou claro que a razão é o medo dos políticos da cidade.

Porto Esperidão tem cerca de 12 mil habitantes, e essa é a única unidade de saúde local. A atuação dos médicos é questionada, justamente por receberem pelo plantão, e terem acomodação adequada, e segundo a constituição,  todos tem direito a saúde com qualidade e eficiência.

A reportagem tentou entrar em contato com o secretário de Saúde do município, Alfeu Mussolini, mas até o fechamento desta matéria ele não atendeu as ligações. (colaborador Milena Nunes)

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