A onça-pintada que está –talvez na mesma proporção- encantando e amedrontando a população de Cáceres, com suas aparições diárias na Baía do Malheiros- área que fica as margens de uma baía formada pelo rio que corta a cidade (Rio Paraguai), na parte central da área urbana, está sendo monitorada pela Polícia Ambiental e pelo Corpo de Bombeiros. Segundo o comandante da 2ª Companhia de Bombeiros de Cáceres, capitão Raul Castro de Oliveira, pela observação, trata-se de uma fêmea adulta e saudável. O destino do felino está sendo estudado.
Hoje chega a Cáceres a arma lançadora de dardo tranquilizante, que poderá ser utilizada para a remoção do animal. A arma é da Polícia Ambiental e estava em Cuiabá. O veterinário Reginaldo Bicudo, que já foi militar e já atuou em circunstâncias parecidas, foi contatado e se prontificou a ajudar.
O que será feito, na verdade, depende da forma que a onça agir. “Ela está alimentada e demonstra tranquilidade, mas se o comportamento dela apresentar alteração, nós estamos de prontidão para agir, através de uma equipe nossa, de bombeiros, e da Polícia Ambiental, com o acompanhamento do médico veterinário. Se ela será levada para mata fechada, ou para um outro local de proteção, isso será definido pela Vara de Justiça Ambiental, à qual já enviamos ofício”.
O comandante explicou que o animal está no habitat dele, embora próximo da área urbana. “Na área habitam jacarés, capivaras, que serve de alimento para o felino” -afirmou. Lembrou também que não é a primeira vez que isso acontece. Disse também que a onça fotografada por um garçon do restaurante Kaskata Flutuante parece ser a mesma que está agora em área bem próxima, em frente ao cais da Praça Barão do Rio Branco.
“Pedimos atenção redobrada a banhistas. O felino é um excelente caçador, salta a mais de cinco metros de distância, escala árvores e nada muito bem. Curiosos não devem se aproximar, nem mesmo embarcados. Nós estamos de prontidão e decidimos usar o dardo tranquilizante por ser este o método menos agressivo para imobilizar o animal”.