Cooptação financeira de vereadores pode levar à cassação de candidaturas em Cáceres
Por assessoria
04/10/2012 - 12:25
A cooptação financeira de diversos candidatos a vereador integrantes da coligação de Francis Maris (PMDB) poderá levar à cassação de registro e declaração de inelegibilidade de seu adversário, Leonardo Albuquerque (PSD), além dos próprios candidatos a vereador.
O caso está sendo investigado pela Justiça Eleitoral a partir de uma ação por abuso de poder econômico movida pela Coligação Cáceres Rumo ao Desenvolvimento, de Francis, contra Leonardo e os candidatos a vereador Marcelo Cardoso (PR), Elson Pires (PR), Luis da Guia (PR), Marielly (PR), Leomar Mota (PP) e Professor Marquinhos (PMDB). A Ação de Investigação Judicial Eleitoral tramita na Sexta Zona, sob o nº 33569.2012.611.0006.
De acordo com a denúncia, a coligação de Leonardo, através de seus coordenadores Gabriel Moura, Luizinho do Dito Gato, Claudiney Pedroso, Francisco da Silva Leite e o próprio Marcelo Cardoso, cooptaram financeiramente candidatos a vereador de partidos que estão coligados com Francis. Foram juntadas, como provas, diversas gravações e reportagens nas quais os candidatos admitiam as propostas financeiras.
Todos esses candidatos procuraram a coordenação de campanha de Francis nas últimas semanas relatando que estariam recebendo propostas financeiras para mudar de lado, provavelmente esperando que estas fossem “cobertas” pelo candidato do PMDB. Diante da negativa de Francis de pagamento por apoio eleitoral, os candidatos então decidiram aceitar as propostas de Leonardo Albuquerque e seus coordenadores, “desprezando inteiramente qualquer compromisso estatutário e partidário selados na convenção eleitoral”.
A última candidata que cedeu à tentação financeira dos adversários foi Maira Helena Nunes do Nascimento, a Marielly (PR), que afirmou a um site de Cuiabá que “no início da campanha o Emanuel, inclusive, estava oferecendo oito cabos eleitorais e mais gasolina para quem apoiasse o Leonardo”.
Caso as denúncias se confirmem, Leonardo e os candidatos a vereador podem ter seus registros cassados e ainda serem declarados inelegíveis pelo prazo de oito anos, de acordo com a Lei da Ficha Limpa. O candidato do PSD ainda enfrenta outras duas ações por abuso de poder econômico e utilização indevida de veículo de comunicação social (Rádio Jornal), cuja pena também é a cassação de registro e declaração de inelegibilidade.
Mais uma ação que pedia a cassação de Francis é julgada improcedente
Foi publicada nesta quinta (3) a sentença que julgou improcedente mais uma ação –a segunda- que pedia a cassação de Francis e sua vice Eliene por alegado abuso de poder econômico. A coligação de Leonardo acusava Francis de estar utilizando veículos de suas empresas para transportar eleitores, o que ficou comprovado não ser verdade. Segundo o juiz Geraldo Fidelis, não houve a demonstração mínima de qualquer abuso.