O tema proteção solar parece algo extremamente conhecido nos dia de hoje, mas será que todos nós temos real consciência do seu verdadeiro fator de importância? E será que todos realmente sabem como se proteger adequadamente? O que é então proteção solar? É qualquer meio que se utilize para evitar que os raios solares danifiquem a pele. Mas, o que são raios solares? Os raios solares são ondas eletromagnéticas que se dividem em vários tipos, pelas suas freqüências, podendo ser a luz visível que é apenas uma pequena parte dessas ondas. Outra parte importante para nós são as famosas radiações Ultravioletas A, B e C e radiações Infravermelho, todas são radiações invisíveis, como as ondas de rádio e o RX, e aí, portanto, é que existe o perigo: Como acreditar e combater algo que não vemos? Não vemos, porém sentimos, afinal a radiação ultravioleta é aquilo que costumamos chamar de “Mormaço”, que queima mesmo quando o dia está nublado ou na sombra. Portanto, essa é a melhor forma de entendermos a necessidade da proteção, pois estas pequenas queimaduras do dia a dia é que causam alteração ao material genético das células, o DNA, e ao longo de alguns anos irão causar manchas na pele, o processo de envelhecimento com as rugas e, finalmente, o câncer de pele. Já sabemos então que parte da radiação é invisível e sabemos também que ela é emitida ao longo de todo o período em que o sol esteja presente, estando o dia nublado ou não, chuvoso ou não, e existem várias outras fontes que emitem essas radiações, como lâmpadas, telas de computadores e televisão. Como se proteger então? Usando roupas que cubram parte do corpo, a parte que fica exposta ao sol deve ser protegida com filtro solar, o nível de proteção é padronizado através de uma norma chamada FPS que significa Fator de Proteção Solar, mas infelizmente esta norma só mede o nível de proteção contra radiação Ultravioleta B, já a radiação do tipo A não apresenta nenhum padronização que sirva como comparação. Portanto, nem todo filtro com FPS 30 é igual e fatores como: cosmética do filtro, adequação a pele do paciente e principalmente forma de aplicação são os principais fatores para uma real efetividade na proteção. O fator a ser utilizado é de no mínimo 15 para peles negras e morenas, e no mínimo 30 para as peles brancas. Em condições ideais que são as de teste, o filtro solar tem uma durabilidade que pode chegar a algumas horas, desde que não haja transpiração, banhos, ou qualquer fator que venha retirá-lo do corpo. Como na vida real os fatores ideais não existem, é difícil estipular um mínimo de vezes que cada pessoa necessita, isso vai depender do tipo de atividade profissional de cada um, assim como a necessidade de cada pele. Sabemos que existem vários tipos de filtros solares e que o tipo de filtro solar mais adequado ao paciente vai proporcionar maior efeito de proteção, mas a recomendação é que o filtro solar seja sempre reaplicado quando houver exposição ao ar livre ou de 2 em 2 horas quando a pessoa estiver diretamente sob o sol. Há necessidade de pegar sol? Intencionalmente de maneira alguma! Precisamos da radiação ultravioleta B para sintetizar a Vitamina D, mas são necessários apenas 15 minutos semanais para que ela seja sintetizada. O filtro solar deve ser utilizado a partir do 6 meses de idade, e é um hábito que deve ser estimulados nas crianças, pois é justamente nos primeiro 20 anos de vida é que se recebe cerca de 60% da radiação que irá se receber ao longo da vida, por ser esta a fase onde as pessoas se expõem mais à atividades ao ar livre, e pelo fato dessa ser a fase com maior atividade metabólica do organismo, podendo então facilitar alterações que viriam a refletir em cânceres na vida adulta. Além disso, é muito mais fácil educar uma criança da necessidade do que tentar reeducar um adulto. Hoje todos nós temos uma expectativa de vida maior do que aos dos nossos antepassados, facilmente chegamos aos 80, 90 anos, o que também traz problemas, pois o câncer precisa de tempo para aparecer, vivemos um período que por culpa do próprio processo evolutivo do homem, nos expomos a uma quantidade de radiação muito maior do que há anos atrás, principalmente pela destruição da natureza, em especial pela destruição da camada de ozônio, que é um gás que exerce a função de proteção da terra das radiações vindas do sol e do espaço. E além do mais, por hábitos culturais nos despimos mais, usamos roupas que expõe mais o corpo e temos o mau gosto, no ponto de vista da saúde, de valorizar bronzeados, que nada mais é que um processo de queimadura da pele, o que infelizmente irá evoluir para os problemas já citados. Enfim, o sol é necessário sim, sem ele não haveria vida na terra, que seria uma bola gelada e não haveria plantas que servem de base para cadeia alimentar, pois elas realizam a fotossíntese, nós humanos não, o sol tem atividade antidepressiva, facilita as reuniões culturais, sintetiza a vitamina D em nossa pele, porém não perdoa aqueles que dele abusam. Dr. Renato R L Rostey Médico Pós Graduado em Dermatologia pela UFJF Médico Especialista em Dermatologia pela SBD Especialista em cirurgia Dermatológica pela SBCD Pós-Graduado em Medicina Estética pela FTESM Tel. (65) 3222-1234 rrostey@yahoo.com.br