O cunhado do pecuarista Maurício Curvo, de 62 anos, executado a tiros dentro de um veículo, em Cáceres (a 220 km de Cuiabá), afirmou, durante interrogatório com o delegado Wilson Souza Santos - responsável pelo caso -, nesta sexta (17), que a vítima estava sofrendo ameaças. Eles estavam juntos em uma caminhonete S10 prata quando Maurício foi morto a tiros.
Conforme o delegado, o cunhado saiu do veículo para pedir uma informação, quando ouviu os disparos e saiu correndo. De acordo com a Polícia Militar, o pecuarista estava a caminho da casa de um familiar para fazer uma instalação.
O cunhado não soube dizer por quem Maurício estava sendo ameaçado, o celular da vítima deve ser periciado nos próximos dias para auxiliar na investigação. Na tarde de hoje (17), Wilson também interrogou a viúva do pecuarista.
No entanto, o delegado afirmou que as investigações ainda estão na fase inicial. "Abrimos um leque de hipóteses, precisamos checar uma por uma e ver quais são mais consistentes. O homicídio completou pouco mais de 24 horas, estamos trabalhando intensamente e não descartamos nenhuma versão", ressaltou.
O crime
Testemunhas contaram a Polícia Militar que encontraram o corpo de Maurício alvejado por tiros, mas não souberam dizer como o crime aconteceu. Um homem e uma mulher estariam de moto esperando o momento em que o pecuarista passaria pela rua. Ele foi atingido com, pelo menos, cinco disparos. A dupla fugiu do local em alta velocidade.
A polícia afasta a hipótese de latrocínio - crime seguido de morte -, já que a caminhonete, dinheiro ou a carteira não foram levados. O delegado afirmou que uma força-tarefa foi criada para atuar na investigação. O corpo de Maurício foi enterrado ontem(17), em Cáceres.