Famílias que lutam por melhores oportunidades para seus filhos e quase nunca são vistas. Estes mães e pais, com filhos portadores de necessidades especiais, uniram-se em uma só voz e, por isso mesmo, não querem ser identificados individualmente. “Buscamos ajuda por todas as nossas crianças, porque, hoje em dia, Cáceres não oferece condições dignas nem de saúde nem de educação para elas”, afirmam.

Ontem, algumas mães reuniram-se com o candidato a prefeito pelo PSC, José Eduardo Torres (Zé Eduardo), e com a candidata a vereadora pelo PSC Valdeníria Dutra. Foi um encontro emocionado, de pessoas que estão cansadas e preocupadas com o futuro de suas crias e que também necessitam urgentemente de acompanhamento psicológico, para dar conta de suas próprias famílias. “Nós queremos ouvir vocês para promover medidas eficazes, que realmente façam a diferença na vida das suas famílias”, falou Zé Eduardo, que reforçou a premissa de seu plano de governo, de manter uma administração participativa, voltada para as reais necessidades da população.

Entre as demandas mais presentes estão a falta de atendimento básico na saúde para estas pessoas, além da dificuldade de conseguir medicamentos e terapias que melhorem a parte cognitiva, emocional e física delas. Essas mães nem sabiam das leis criadas por Zé Eduardo, como vereador, que instituem tanto a divulgação, pelo site da prefeitura, dos medicamentos à disposição no município para entrega gratuita nem da possibilidade de agendar consultas, por telefone, para portadores de necessidades especiais nas unidades de saúde. “Infelizmente, a atual gestão não divulga nenhuma dessas leis que já foram sancionadas”, comenta o candidato.

As famílias indignam-se também quando afirmam que movimentam a economia local, pagam seus impostos e merecem ser tratadas com dignidade. “Nós não podemos mais ficar de braços cruzados. Temos mão de obra qualificada na cidade, formada pelas universidades da região, mas carecemos de estrutura adequada e de um olhar humanitário sobre nossa situação”, enfatiza outra mãe.

Há algum tempo, afirmam, conseguiram uma neuropediatra proveniente de Cuiabá. “Ela era maravilhosa no cuidado com nossos meninos. Infelizmente, por questões políticas, perdemos esta grande profissional”, desabafou uma das mães.

Para elas, o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSI) não tem infraestrutura adequada para atender todos os necessitados. “As filas para atendimento são tão grandes que, quando conseguimos ser ouvidas, as necessidades de nossos filhos já se transformaram”, comenta outra mãe.

Sem um atendimento básico, elas preocupam-se com a autonomia de seus rebentos. “Não estaremos aqui para sempre. Precisamos que eles se desenvolvam e criem uma certa autonomia”, ressalta outra mãe, preocupada.

A dificuldade estende-se na educação. “Meu filho precisou ficar dois anos afastado da escola, pois o especialista contratado, na verdade, não tinha preparo algum. Estava lá por favores políticos”, desabafa outra mãe.

COMPROMISSOS DO ZÉ

No plano de governo do candidato, está clara a garantia à população de 4 (quatro) a 14 (catorze) anos com necessidades especiais o acesso ao Ensino Fundamental e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente, na rede regular de ensino.

Na saúde, Zé afirmou o compromisso de assumir a gestão plena do Hospital São Luiz e de retornar Cáceres ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Mato Grosso (CISOMT), para que a população volte a ter atendimento adequado dos especialistas. “Vamos também ampliar a rede integrada de cuidados da saúde mental, promovendo interação constante entre as secretarias de saúde e de ação social”, reforça o candidato.

Zé Eduardo reforçou a necessidade de cuidar, de forma atenta, do município, para que a gestão municipal funcione de forma competente e desburocratizada. “Não fizemos coligação porque não queremos dever favores nem fatiar secretarias. Vamos colocar profissionais competentes nos cargos de confiança para desenvolver um trabalho de excelência, voltado para a sociedade e com participação das pessoas. Só assim, poderemos fazer a diferença e, de fato, tentar minimizar problemas como o que estas mães enfrentam.”