O Projeto Crescer Sem Violência - Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho, em articulação com o Instituto Federal de Mato Grosso, IFMT, Campus Cáceres - Prof. Olegário realiza, desde a última segunda-feira (22.03), o curso on-line Diálogos Convergentes sobre Educação e Proteção ao Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes, com abordagem da temática: prevenção e enfrentamento às violências sexuais.

Com a mediação dos consultores socioeducacionais do projeto Crescer Sem Violência, a pesquisadora e psicóloga Ana Amélia Melo, do Rio Grande do Norte, e do educador, pesquisador e consultor Roberto Sousa, da Bahia, a formação envolve profissionais da educação, da Secretaria Municipal de Assistência Social, conselheiros tutelares e outras e outros participantes do Sistema de Garantia de Direitos (SGD) de Cáceres – MT. Na articulação conjunta com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Barra do Bugres - MT, a edição do curso envolve também representantes das instituições que compõem o CMDCA no município, conselheiros tutelares e profissionais da Secretaria de Assistência Social. O grupo integra ainda membros do Sistema de Garantias de Direitos de Natal – RN, Salvador – BA e Camaçari – BA.

O curso é gratuito com duração de 16 horas e certificação emitida pelo Canal Futura. A metodologia promove interação e troca de experiências entre os participantes com a utilização da plataforma virtual Zoom, entre outros canais e recursos tecnológicos, incluindo formação complementar no site oficial do projeto.

De acordo com Roberto Sousa, mestre em Educação de Jovens e Adultos e consultor para temas da Educação, Infâncias, Adolescências e Juventudes, essa edição do curso é uma oportunidade de formação que busca articular e mobilizar autores sociais de Mato Grosso, e outros estados, no trabalho em rede para enfrentamento às violências sexuais contra crianças e adolescentes. “Nesta articulação aqui com o IFMT Cáceres, CMDCA de Barra do Bugres e todas as parceiras e parceiros também de outros estados continuamos esse trabalho da Fundação Roberto Marinho/Canal Futura para sensibilização e mobilização da sociedade para a compreensão, prevenção e enfrentamento ao fenômeno da violência”, explica Roberto.

“As violências marcam a trajetória das infâncias e adolescências, dos mais diversos extratos socioeconômicos, sendo de autoria, em parte expressiva dos casos, de quem se espera que proteja e cuide destas crianças e adolescentes”, completa o consultor.

No que tange ao papel das unidades educacionais no processo de enfrentamento às violências sexuais e outros tipos de violações de direitos, a psicóloga e consultora do Canal Futura Ana Amélia Melo destaca a necessidade da compreensão do papel da escola como parte do Sistema de Garantia de Direitos (SGD) da criança e do adolescente.   “Normalmente, a escola é a primeira porta de entrada para um caso de denúncia. É muitas vezes na escola que a criança e adolescente aponta sinais que sofre ou já sofreu alguma violência, onde ela vai chegar machucada, mais triste, mais calada, mais reativa ou mais agressiva. Então, os atores que compõem essa rede: educadores, gestores, corpo técnico e toda comunidade escolar precisam saber do seu papel como agente de proteção dessa criança e adolescente”, afirma Ana Amélia.

“Se a escola não se sentir parte dessa rede de proteção, ela poderá negligenciar seu papel, por isso é tão importante que todos que compõe o sistema de educação possam participar de formações que falem sobre autoproteção, sobre a promoção do direito da criança e do adolescente, para que possam entender o seu papel na proteção integral da criança e do adolescente”, conclui a consultora.

Crescer sem Violência

O projeto Crescer Sem Violência é desenvolvido desde 2009 pela Fundação Roberto Marinho/ Canal Futura, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Childhood Brasil. Entre os objetivos, o projeto visa a socialização de informações qualificadas e metodologias para educação sexual, prevenção e enfrentamento às violências contra a crianças e adolescentes.