Delegado Marlon Luz, de Pontes e Lacerda (448 km ao Oeste de Cuiabá), confirmou na manhã desta sexta-feira (11), que a menina de 7 anos, irmã da bebê de 6 meses que morreu de pneumonia nesta semana, foi estuprada pelo padrasto, agressor de 31 anos. Inicialmente, a suspeita era de que ele tinha estuprado a própria bebê, mas um laudo da Perícia Oficial constatou que ‘não há elementos para afirmar que houve o abuso’.
Em entrevista à imprensa local, disse que “a Polícia Civil conseguiu confirmar a prática de estupro tendo como vítima a outra garota de 7 anos, a autoria, responsabilização já está esclarecida, agora a investigação caminha para a parte final no sentido de atribuir ou não certa participação a mãe. Resta apenas constatar isso para encerrar e encaminhar ao Ministério Público Estadual (MPE)”, disse.
Acontece que, desde que a suspeita de que a bebê tinha sido vítima de violência sexual foi levantada pela equipe médica de uma unidade de saúde da cidade, a polícia começou a investigar todas as possibilidades dentro da situação de vulnerabilidade em que as crianças se encontravam para ‘desmistificar e confirmar as ações’.
O inquérito está quase 90% concluído e não restam dúvidas sobre a autoria do crime de estupro cometido pelo padrasto da menina, que tinha um relacionamento com a mãe dela há dois meses. Eles se conheceram logo após ele deixar a prisão. Inicialmente, a acusação de estupro contra a bebê foi apontada como uma ‘injustiça’ contra o suspeito.
Morte confirmada
A bebê foi internada na noite de segunda-feira (7), com sintomas de pneumonia. Ela estava respirando com ajuda de um balão de oxigênio. Mas, durante a consulta, a equipe médica constatou sinais de violência sexual na menina. Entre os sinais, foram destacados pela equipe e pelo Conselho Tutelar em denúncia à Polícia Civil: rompimento do hímen, candidíase, secreção na genitália e dilaceração anal.
Diante da suspeita, o padrasto acabou preso. Enquanto o crime era investigado, Mariah não resistiu e acabou morrendo na unidade de saúde após uma crise respiratória. O estado era grave e ela seria transferida para uma unidade de saúde em Cuiabá.
Laudo não confirma estupro
Segundo a polícia, exame foi realizado na criança durante o final da quarta-feira (9). O médico destacou que ‘não há elementos para afirmar que houve abuso sexual’, já que a criança estava com o hímen integro e sem indícios de violência sexual.
“O laudo pericial afirma que não houve violação do hímen, mas foi inconclusivo para a prática de outros crimes libertinos. Ou seja pela perícia, não conseguimos contatar a prática desses crimes”, lembrou o delegado Marlon Luz. O suspeito segue preso.