Impacto social é a missão mais importante de uma empresa ou de um indivíduo em transformar positivamente a vida das pessoas a sua volta.
Uma organização socialmente responsável que oferece o seu tempo, conhecimento e, até mesmo incentivo financeiro para gerar mudança social positiva no mundo, cria um ambiente de cooperação dentro e fora do negócio.
Consumidores e colaboradores se sentem confiantes em compartilhar e representar um produto que foi pensado dentro de um contexto coletivo universal.
Exemplos disso; são as ações gerenciadas pelo Instituto Cometa na realização dos projetos “Natal Solidário”, “Negócios de Futuro” e “Cometa Florestar” implantados na região Oeste de MT, no município de Cáceres, engajados em reduzir assimetria entre classes sociais; facilitar o acesso às informações de empreendedorismo e o despertar da consciência ambiental.
Mas ainda não é suficiente para o Instituto Cometa. Nessa busca de inovação que possa contribuir para o impacto social e tornar os projetos mais sustentáveis com efeitos a longo prazo, no mês de março, liderados pelo gestor do Grupo Cometa Francis Maris Cruz, a equipe fez mais uma “viagem do conhecimento.
Impactos positivos
JARAGUÁ-SP- A primeira visita foi na Aldeia Guarani, estabelecida num importante remanescente de Mata Atlântica, localizada no pico do Jaraguá SP. A comunidade composta por quatro aldeias, onde vivem cerca de 700 Guarani, tem promovido enriquecimento biológico das suas florestas, promoção de agricultura orgânica e projetos de ecoturismo. Os Guarani também mantêm 28 colmeias de sete espécies de abelhas nativas sem ferrão.
As abelhas nativas são responsáveis pela polinização de frutas, vegetais e da flora. Dessa forma, têm participação importante na manutenção das florestas. Produzidas a partir de saberes ancestrais e de modo comunitário, visando a resolução de problemas coletivos, a criação de abelhas nativas dos Guarani encontraram na produção de mel uma fonte de consumo sustentável exclusivamente para seus moradores.
PARAISÓPOLIS-SP
Em Paraisópolis, a 2ª maior favela de São Paulo com 21 mil habitantes, localizada na Serra da Mantiqueira, a equipe do Instituto Cometa conheceu os projetos Horta na Laje; Mãos de Maria e G10 Favelas que também apresentaram impactos sociais mais que positivos.
Criado em 2017, com o objetivo de levar segurança alimentar e tornar a região um ambiente sustentável, o Instituto Stop Hunger, organização sem fins lucrativos em parceria com organizações locais desenvolve o Horta na Laje.
O projeto foi desenvolvidos nas lajes por falta de terreno para plantar. Em compensação, havia uma infinidade de lajes nas casas. Um desafio para aprender sobre o cultivo de alimentos que já capacitou mais de 1,6 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O impacto foi tão positivo que além de produzir alimentos mais saudáveis para o próprio consumo, as famílias começaram a investir na produção de hortaliças para vender, gerando uma renda adicional. Hoje os alimentos produzidos pelo Horta na Laje são utilizados no cardápio diário do Bistrô & Café Mãos de Maria. Essa cozinha afetiva na comunidade de Paraisópolis também distribui diariamente 550 marmitas aos moradores carentes e capacita mulheres periféricas em habilidades gastronômicas.
G10 FAVELAS
A população de Paraisópolis é composta por 31% de jovens entre 15 e 29 anos os mais vulnerável à falta de empregos e oportunidades. Doze mil são analfabetos ou semianalfabetos e apesar de possuir equipamentos públicos, a região ainda é carente de mais ações sociais e infraestrutura urbana, por isso a rede de solidariedade conta também com o apoio do G10 Favelas. Uma organização sem fins lucrativos criada por Bloco de Líderes e Empreendedores de Impacto Social das Favelas.
A ONG capta recursos através de doações de todo o mundo e o dinheiro doado é revertido em bens para as comunidades. As ações são inúmeras, desde centro de acolhimento, ambulância 24 horas, atuação jurídica, socorristas, distribuição de cestas básicas e materiais de higiene, captação de emprego, apoio aos imigrantes refugiados e o fortalecimento do comércio local.
RESOLVER O PROBLEMA
Após esse mergulho nas ações, a equipe do Instituto Cometa disse que nesses locais eles trabalham com o objetivo de resolver o problema e não gerenciar o problema, oferecendo ferramentas que possam dar autonomia de fato. Neste sentido, Francis Maris ressaltou que todas as visitas foram enriquecedoras e devem ser implantadas em Cáceres.
“Vamos colocar em prática o que aprendemos para que cada vez mais o Instituto Cometa esteja integrado a sociedade e a comunidade onde atuamos, para ajudar aquelas pessoas que estão em vulnerabilidade social. Este também é o objetivo do Instituo Cometa”, afirmou Francis.