A bebê de 6 meses que teve a boca colada com fita adesiva, no bairro Alto da Glória, em Sinop (500 km de Cuiabá), foi retirada da mãe pelo Conselho Tutelar e encaminhada até um abrigo no Centro Social da cidade. A informação é de que a mulher fez isso com a filha para não ter que ouvir o choro da criança.
Conforme Margareth Dürks, conselheira do Conselho Tutelar da cidade e que cuida do caso, o vídeo foi gravado na semana passada, mas a equipe só recebeu a denúncia na segunda-feira (21).
“Logo que soubemos disso, começamos a procurar a família para tomar as medidas cabíveis. Após uma longa procura, conseguimos falar com a avó e com a mãe da criança, que colaboraram e foram voluntariamente até a delegacia para prestar depoimento sobre o caso”, conta.
Ainda segundo a conselheira, logo após pegarem a criança, o colegiado do Conselho Tutelar tomou a decisão de retirá-la da mãe e a levaram até o abrigo no Centro Social de Sinop. “Nós aplicamos a medida de proteção para a criança. Foi o que achamos melhor”.
Não há um prazo de quanto tempo a criança ficará no abrigo. A conselheira afirmou que, agora, espera os procedimentos judiciais. “A menina está sendo bem cuidada, foi medicada e não corre nenhum risco”, afirma.
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Mãe cola boca de bebê de 6 meses com fita adesiva para não ouvir choro; vídeo
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Relembre o caso
Desde segunda-feira (21), um vídeo circulava nas redes sociais mostrando uma bebê de apenas 6 meses de idade com a boca colada com fita adesiva, em Sinop. A própria mãe teria feito isso com a filha para não ter que ouvir o choro da criança.
A gravação revoltou moradores da cidade.
Na gravação, é possível ver a criança deitada numa cama de casal sozinha e com a boca lacrada com fita. O pai da menina teria feito o vídeo. Ele tira o adesivo da boca da filha, que começa a chorar imediatamente.
Em seguida, ele questiona a companheira: “Você está doida em pregar fita na boca da menina? Só pode estar doida, né? Não tem juízo, não?”.
Consta na denúncia feita para a Polícia Civil que a mãe da criança estaria sofrendo de depressão.
O caso é investigado.
Repórter MT