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Francis diz que ao engavetar projetos lançados em sua gestão governo prejudica toda população
Por Sinézio Alcântara
13/06/2022 - 18:15

Foto: reprodução

    “Projetos estruturais que poderiam estar acelerando o desenvolvimento do município são engavetados pelo governador Mauro Mendes (PSB), por questões meramente políticas. Porque foram lançados, em minha gestão”. A afirmação é do ex-prefeito Francis Maris Cruz (PSDB) inconformado pela demora da execução do projeto de Revitalização e Urbanismo da Orla do Rio Paraguai.

     No entendimento do ex-prefeito, o governador não tem interesse em construir a orla para não ter que explicar que o projeto foi lançado em sua gestão. Francis denuncia o suposto “descaso” do governo, após a Câmara de Cáceres, aprovar requerimentos de autoria do vereador Franco Valério, cobrando informações do governo sobre o projeto da orla.

    “Esse projeto dificilmente será executado. O governador não tem interesse em construir a orla para não ter que dizer que foi de minha gestão. Ou seja: por questões meramente política, ele não executa esse e outros grandes projetos estruturais que poderiam estar acelerando o desenvolvimento do município. Por um capricho ele prejudica toda uma população” criticou.

    O projeto da revitalização e Urbanismo da Orla do Rio Paraguai foi lançado, em 2016, na primeira gestão do ex-prefeito. À época teria ficado praticamente decidido que a construção seria realizada, com recursos do Governo Federal, através do Ministério do Turismo, no valor de R$ 17 milhões. Sendo que, desse total o município entraria com a contrapartida de R$ 4,5 milhões.

    Além da Revitalização da Orla, o ex-prefeito enumera, pelo menos, mais quatro projetos estruturais que, segundo ele, foram “engavetados” pelo governador Mauro Mendes, por questões político-partidária.

     Francis cita, o Projeto da Perimetral. Uma via alternativa para evitar o trânsito de veículos de cargas – caminhões e carretas – pelo centro da cidade. De acordo com o ex-prefeito, o trajeto da Perimetral teria início no Aeroporto Nelson Dantas, no bairro Carrapatinho, percorrendo pela MT 343, ligando a BR 164 até a área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres.

    “Asfaltos estourados, tubulações de redes de água rompidas, fiações elétricas arrebentadas. Esses transtornos todos poderiam ser evitados se o projeto da Perimetral que desvia o trânsito de veículos de cargas do centro da cidade fosse executado. Mas, infelizmente, está engavetado” reclama.

     O ex-prefeito pontua ainda o projeto elaborado pela Infraero, para reforma do Aeroporto Nelson Martins Dantas. Ele assegura que chegou, inclusive, a assinar um convênio com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) no valor de R$ 6 milhões para realização dos trabalhos, faltando apenas a licitação. Mesmo, assim segundo ele “não saiu do papel” no atual governo.

    Cita também o projeto da rede adutora com tubulação de 500 milímetros saindo da Avenida São Luiz até a área do Distrito Industrial, para atender, principalmente, a ZPE. “Não adianta a construção da ZPE para as industrias operarem se não tiver água. Por isso, elaboramos um projeto, nesse sentido, mas também ainda não foi executado” diz o prefeito.

     Um dos maiores, o projeto de reativação do porto de Cáceres, para transporte, principalmente, de grãos pela Hidrovia Paraguai/Paraná, conforme o prefeito, também “patina” no governo Mauro Mendes.

    “A reativação do porto é mais um projeto que patina no atual governo. O governador, esteve em Cáceres, em 2018 e garantiu que, em um ano, o porto estaria operando. Já se passaram quatro anos e até agora um único grão não foi transportado pela hidrovia. Primeiro foi o pretexto da pandemia, mas e agora o que está faltando?” indaga.

     O ex-prefeito afirma que inclusive, a empresa Cinco Bacias estaria interessada na execução do projeto. Em contrapartida, ela daria ao município, um dólar por cada saco de grãos embarcada no porto. Contudo, segundo ele, o governo do Estado, interveio e impediu o negócio, causando grande prejuízo a população, mas, principalmente, aos produtores da região e até do Estado. O site procurou o governo do Estado, que ainda não se manifestou sobre as denúncias.

 

 

 

 

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