Principal dica é reforçar a hidratação, com o consumo de mais água
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que a umidade ideal para a saúde humana deve estar entre 50% e 60%. No fim do inverno, algumas regiões, como a Centro-Oeste, porém, enfrentam dias bastante secos, com umidade abaixo de 20%, o que é classificado como situação de alerta pela OMS. Para enfrentar os dias secos, a recomendação é redobrar os cuidados com a saúde e, em especial, com a hidratação.
A médica e coordenadora do curso de Medicina do IDOMED Fapan, Letícia Cristino Francisco, explica que as principais consequências do tempo seco no corpo humano são ressecamento de mucosas e agravamento de doenças nas vias aéreas superiores.
“Para minimização dos impactos, devemos investir numa alimentação saudável, combater o ressecamento das vias aéreas, com uso de soro fisiológico e umidificadores, entre outros. É fundamental investir nos cuidados preventivos nesta época do ano”, afirma a médica.
A médica lembra, ainda, que, neste período do ano, as unidades de saúde são mais procuradas, justamente por conta de doenças respiratórias. “Os cuidados são extremamente necessários para evitar os malefícios que são causados à saúde. Com a baixa umidade do ar, temos grandes incêndios, em consequência fuligem e poeira circulando no ar. Além do ressecamento de mucosas, é comum o agravamento de doenças mais graves, como asma e epistaxe (sangramento do nariz)”, orienta a coordenadora do Idomed Fapan.
Cuidados extra na hora dos exercícios físicos
A biomédica e professora da Estácio, Pâamela Castilho, explica que é necessário, também, ter cuidados ao praticar exercícios físicos nos dias mais secos. Como o corpo perde água diariamente através de vários mecanismos, como respiração, suor, urina e fezes, a hidratação deve ter atenção especial.
“O sistema respiratório precisa umidificar o ar que entra em nossos pulmões. Por isso, sofremos mais com o tempo seco. Esse processo acaba aumentando o gasto de energia do organismo. Quando fazemos exercícios físicos, aceleramos a perda de água pela respiração e pelo suor, o que significa que nosso corpo tem a tendência a se desidratar com mais facilidade”, explica a professora.
A principal dica para ajudar o organismo na função de umidificação é tomar bastante água, segundo a biomédica. “Naturalmente, sentimos mais sede por conta da umidade baixa, mas devemos insistir em beber água mesmo sem estar com sede para evitar a desidratação. Como o nosso organismo já está gastando mais energia para nos manter hidratados, diminuir a intensidade dos treinos ajuda a ter uma melhora no desempenho neste período, com menores perdas de água”, orienta Pamela.
A biomédica e professora da Estácio explica, ainda, que a hidratação é essencial para manter o funcionamento do corpo humano. As reações químicas que ocorrem no corpo para mantê-lo vivo são feitas todas na presença de água. Outra dica é evitar os horários mais secos, normalmente entre 10h e 16h.
Para a biomédica, conhecer os sintomas de desidratação é fundamental para evitar que o quadro se torne me grave. “Preste atenção à pele, lábios e mucosas secas, dores de cabeça, confusão mental, fraqueza, tontura e pouca quantidade de urina e suor”, finaliza.