Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Seca histórica prejudica navegação de embarcações no Rio Paraguai em Cáceres
Por Jolismar Bruno
19/07/2024 - 14:50

Foto: reprodução

A seca histórica no Rio Paraguai tem prejudicado a navegação de pequenas e grandes embarcações no leito do rio em Cáceres (217 km de Cuiabá) e em outras cidades dos estados e países pelos quais passa o principal rio formador do Pantanal mato-grossense.

Boletim do Serviço Geológico do Brasil (SGB) aponta que, no município, o nível da água é de 70 cm. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) emitiu um alera de 13 pontos críticos de navegação.

Contudo, a Marinha do Brasil Capitania Fluvial de Mato Grosso informou que  a navegação ainda está ocorrendo. 

Conforme o boletim de monitoramento da SGB, divulgado na semana passada, o nível de 70 cm no trecho do rio, em Cáceres, é 1,3 m abaixo do esperado para a época do ano, que seria de 2 m.

Dos rios que compõem a Bacia do Paraguai, em Mato Grosso, apenas o rio Cuiabá e de Barão de Melgaço (109 km de Cuiabá), se encontram com níveis dentro do esperado para este período do ano em decorrencia da regularização mantida pela Usina Hidrelétrica de Manso.Reprodução/TV Centro América
 

fdb2b476cc675804137da6008a01781a.jpg

 

"Os trechos de Barra do Bugres, Cáceres e Miranda (MS) apresentam os níveis mais baixos registrados no histórico de monitoramento para este período do ano", diz trecho do documento. O rio nasce no Brasil, em Mato Grosso, passa pela Bolívia, Paraguai e Argentina. 

Diante desta situação, o DNIT emitiu um alerta com 13 pontos críticos de navegação no Rio Paraguai. Muitos barcos precisaram mudar os pontos de embarque e a situação tem feito os turistas percorrem cerca de até 80 km por estrada de chão para chegarem nos locais de embarque. Ainda conforme o Dnit, praticamente todo o rio Paraguai está enfrentando os níveis mais baixos.

"Os pontos mais críticos encontram-se no Tramo Norte, de Cáceres até cerca de 120 km ao sul. A dragagem no Tramo Norte teve início ontem, dia 16, numa tentativa de mitigar os impactos imediatos. Enquanto isso, no Tramo Sul, as profundidades reduzidas já estão afetando severamente a navegação comercial. Nesse sentido, o DNIT está viabilizando um contrato emergencial para essa intervenção", informou o órgão para reportagem do HiperNotícias.

Diante desta situação, as orientações são navegar em baixa velocidade, seguindo o traçado do canal das Cartas Náuticas e a sinalização na margem. Isso não dispensa a necessidade de atenção constante à ocorrência de bancos de areia, pois o leito do rio se altera constantemente, de modo que nem sempre a representação das Cartas Náuticas e as indicações das placas de sinalização estejam atualizadas para uma nova conformação.

Mesmo diante desta situação, a Marinha do Brasil Capitania Fluvial de Mato Grosso, informou para a reportagem do HiperNotícias que "a navegação vem ocorrendo de forma segura com a adoção de medidas por parte dos navegantes". 

 

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA

A Marinha do Brasil utiliza os dados fornecidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de transporte (DNIT) e pela Rede Hidrometeorológica Nacional, sob responsabilidade da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Vale ressaltar que a Marinha zela pela segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana e pela prevenção da poluição hídrica causada por embarcações. O Rio Paraguai, no Estado de Mato Grosso, possui alguns trechos críticos à navegação e a navegação vem ocorrendo de forma segura com a adoção de medidas por parte dos navegantes, tais como a utilização de cartas náuticas atualizadas, navegação em áreas de profundidade compatível com o calado da embarcação e acompanhamento dos avisos aos navegantes emitidos pela Marinha. 

Lembramos sempre que em situações de acidentes e emergências nos nossos rios e lagos, disque 185, as nossas equipes de socorro estão guarnecidas 24hs.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Carregando comentarios...