Polícia esclarece boato sobre presença de maníaco em Cáceres
Por site Zagaia On
18/04/2013 - 10:33
A população de Cáceres esta apavorada com uma onda de boatos que surgiram na cidade de que Dionathan Celestrino, de 21 anos, o “Maníaco da Cruz”, estaria no município e que inclusive já teria feito algumas vítimas. Outras informações diziam que ele estaria em coma no Hospital Regional. Como a propagação da notícias através da internet tem alta velocidade, o assunto esta espalhado pelas redes sociais.
Mas, segundo o delegado Alex Cuyabano tudo não passa de boato. Ele afirmou que nenhuma ocorrência foi registrada pela polícia e que não há indícios de que o maníaco esteja ou tenha passado pela cidade.
Dr. Alex informou que a aparência do jovem mudou muito da época em que os casos aconteceram. Atualmente ele estaria careca, bem acima do peso, teria os lábios perfurados por diversos piercings e continuaria a ter cinco furos na orelha esquerda.
Desde a fuga do jovem da Unei (Unidade Educacional de Internação em Ponta Porã), a sua presença vem alimentando boatos em todo o País. Houve até a história de que ele teria sido assassinado no Paraguai.
Nas redes sociais de vários estados surgem ataques e pessoas que dizem ter visto o maníaco.
O psicólogo Mário José Figueiredo, disse que é normal acontecer este tipo de fenômeno. Segundo ele, casos de repercussão nacional, expostos pela mídia aguçam o imaginário das pessoas. “Sempre aconteceu, a diferença é que com o poder da internet, o caso fica mais visível. Na década de 90, a história de que um carro vermelho perseguia crianças e que o motorista roubava órgãos, gerou pânico, várias pessoas disseram ter visto o tal carro, mas nenhum caso foi registrado, finalizou.
CRIMES
Hoje com 21 anos, Dhionathan Celestrino ganhou o apelido de “Maníaco da Cruz” ainda quando tinha 16 anos, por causa de uma característica peculiar nos crimes que cometeu em 2008: deixou os corpos de suas três vítimas em posição de crucifixo.
A primeira vítima dele foi o pedreiro Catalino Gardena. Depois ele matou a frentista Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta em um túmulo do cemitério. A terceira e última vítima foi Gleice, encontrada morta seminua em uma obra. Próximo ao corpo dela o rapaz deixou um bilhete com várias cruzes e letras soltas que, dentre as possibilidades, formava a palavra inferno.
Depois que o menor foi apreendido, a polícia foi até o local onde ele morava, onde foram pôsteres do Maníaco do Parque e de um diabo. Havia também revistas pornográficas, CDs, um envelope de cor azul, dentro do qual havia um papel com nome das vítimas, escrito em vermelho, três jornais com reportagens sobre os assassinatos e pertences das vítimas, como roupas e celulares.
A forma com que Dionathan Celestrino cometeu os crimes chamou a atenção das autoridades policiais. O jovem seguia um ritual macabro, uma espécie de julgamento para decidir pelas mortes de suas vítimas.
Abordadas aleatoriamente, elas eram perguntadas sobre a crença em Deus e a vida sexual. Dionathan concluía que as pessoas que admitiam crer em Deus, mas que já não eram mais virgens, eram "impuras" e, por isso, deveriam morrer.