Celular e game são apreendidos; preso vai para 'solitária'
Por Midia News
14/04/2013 - 11:41
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) transferiu para a solitária o preso apontado como responsável por fazer postagens na rede social Facebook de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada no bairro Paschoal Ramos, em Cuiabá.
Também foram recolhidos o aparelho de videogame Sony PlayStation e um celular, que eram usados pelo preso e também por outros reeducandos.
Os equipamentos foram localizados dentro de uma cela no raio 1 da PCE.
Como punição, o detento foi encaminhado para uma cela de isolamento, onde permanecerá por até 10 dias.
Conforme o MidiaNews divulgou, presos que cumprem penas PCE estão com livre acesso a algumas mordomias, como internet e vídeogame.
As fotos postadas no Facebook também revelam que, alguns consomem cigarros, que, aparentemente, são de maconha. (Leia mais AQUI)
Toda a situação descrita revela uma clara afronta ao aparelho de segurança do sistema prisional do Estado.
Os agentes prisionais estão em greve há uma semana. A principal reclamação é a necessidade do aumento de efetivo.
Atualmente, há 1,8 mil agentes prisionais em todo o Estado. Somente a Penitenciária Central do Estado conta com 153 servidores operando para atender 1.950 reeducandos.
Investigações
O secretário Luiz Antônio Pôssas de Carvalho informou que continuam os trabalhos de identificação dos demais reeducandos e a comprovação da participação de cada um dos envolvidos no episódio.
Um procedimento administrativo foi instaurado para apurar de que forma o reeducando teve acesso ao celular e ao vídeo game e se houve ou não facilitação, por meio de servidores do Estado.
Caso seja comprovado envolvimento de servidores, eles serão responsabilizados administrativamente e ainda poderão responder criminalmente por esse fato.
Medidas de segurança
A Sejudh informou que estão em andamento estudos para licitação da tecnologia de bloqueio do sinal de celulares nas penitenciárias, como também a instituição das revistas por cães farejadores treinados para identificação de drogas e celulares.
O Ministério Público Estadual (MPE) já foi informado sobre as “mordomias” do preso que usa a rede social, via celular, de dentro da cadeia, e deverá abrir investigação, por meio da Promotoria que atua na Vara de Execuções Penais.