SP:Balanço da PM só conta policiais machucados, ignorando civis feridos
Por Portal UOL
15/06/2013 - 09:25
Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress
O balanço oficial da Polícia Militar de São Paulo sobre o protesto dessa quinta-feira (13) no centro da cidade e na avenida Paulista revelou que 12 PMs ficaram feridos na ação.
Os números da corporação não registraram os mais de 100 civis feridos –apesar de a repressão nas ruas ter sido feita à base de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha que, segundo relato de testemunhas e jornalistas do UOL e vários outros veículos de imprensa, deixaram diversos manifestantes e transeuntes feridos.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o balanço refere-se somente ao seu efetivo e normalmente não contabiliza civis.
O número de detidos divulgado pela PM hoje –222 -- também é menor que o divulgado ontem, 235. Não foi informado o motivo da disparidade nos números.
EDITORIAS INSTITUCIONAL CONTATO
Sábado 15 de Junho de 2013
Sexta, 14 de junho de 2013, 17h23
Tamanho do texto A- A+
PROTESTOS EM SÃO PAULO
Balanço oficial da PM só conta policiais machucados, ignorando mais de 100 civis feridos
Número de detidos divulgado pela PM hoje –222 -- também é menor que o divulgado ontem, 235
PORTAL UOL
O balanço oficial da Polícia Militar de São Paulo sobre o protesto dessa quinta-feira (13) no centro da cidade e na avenida Paulista revelou que 12 PMs ficaram feridos na ação.
Os números da corporação não registraram os mais de 100 civis feridos –apesar de a repressão nas ruas ter sido feita à base de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha que, segundo relato de testemunhas e jornalistas do UOL e vários outros veículos de imprensa, deixaram diversos manifestantes e transeuntes feridos.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o balanço refere-se somente ao seu efetivo e normalmente não contabiliza civis.
O número de detidos divulgado pela PM hoje –222 -- também é menor que o divulgado ontem, 235. Não foi informado o motivo da disparidade nos números.
Gustavo Basso/UOL
Policial atira bombas contra manifestantes no cruzamento das ruas da Consolação e Caio Prado, no centro de São Paulo Só o MPL (Movimento Passe Livre), que convocou a quarta passeata contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo, contabilizou ao menos 105 feridos durante o confronto –50 na avenida Paulista e 50 na rua da Consolação, onde a Tropa de Choque reagiu à tentativa da passeata em subir a via rumo à avenida.
Entre os civis feridos estão jornalistas e moradores da região da avenida Paulista, além de clientes de um bar próximo ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) e até uma idosa de 67 anos que deixava uma igreja no centro durante o ato.
O quarto protesto
Com o endurecimento da repressão por parte da Polícia Militar, o quarto ato contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, realizado na noite desta quinta-feira (13), terminou sendo o mais violento da série de manifestações ocorridas na cidade nos últimos dias.
Cerca de 40 pessoas foram detidas antes mesmo de o protesto começar. Antes do início do ato, manifestantes e jornalistas que carregavam vinagre --como o repórter Piero Locatelli, da 'Carta Capital' para reduzir os efeitos de bombas de gás lacrimogêneo foram detidos, sob a alegação da PM de que o produto pode ser usado para fabricar bombas caseiras.
Segundo o Movimento Passe Livre, que organizou a manifestação, pelo menos cem ficaram feridos. Entre os feridos, sete são jornalistas da Folha de S.Paulo. A repórter Giuliana Vallone, da TV Folha, foi atingida no olho por uma bala de borracha disparada por policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Outro repórter da Folha, Fábio Braga, também foi atingido no rosto por disparos de bala de borracha no centro da cidade. Giuliana subia a rua Augusta registrando o protesto quando foi atingida.
EDITORIAS INSTITUCIONAL CONTATO
Sábado 15 de Junho de 2013
Sexta, 14 de junho de 2013, 17h23
Tamanho do texto A- A+
PROTESTOS EM SÃO PAULO
Balanço oficial da PM só conta policiais machucados, ignorando mais de 100 civis feridos
Número de detidos divulgado pela PM hoje –222 -- também é menor que o divulgado ontem, 235
PORTAL UOL
O balanço oficial da Polícia Militar de São Paulo sobre o protesto dessa quinta-feira (13) no centro da cidade e na avenida Paulista revelou que 12 PMs ficaram feridos na ação.
Os números da corporação não registraram os mais de 100 civis feridos –apesar de a repressão nas ruas ter sido feita à base de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha que, segundo relato de testemunhas e jornalistas do UOL e vários outros veículos de imprensa, deixaram diversos manifestantes e transeuntes feridos.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o balanço refere-se somente ao seu efetivo e normalmente não contabiliza civis.
O número de detidos divulgado pela PM hoje –222 -- também é menor que o divulgado ontem, 235. Não foi informado o motivo da disparidade nos números.
Gustavo Basso/UOL
Policial atira bombas contra manifestantes no cruzamento das ruas da Consolação e Caio Prado, no centro de São Paulo Só o MPL (Movimento Passe Livre), que convocou a quarta passeata contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo, contabilizou ao menos 105 feridos durante o confronto –50 na avenida Paulista e 50 na rua da Consolação, onde a Tropa de Choque reagiu à tentativa da passeata em subir a via rumo à avenida.
Entre os civis feridos estão jornalistas e moradores da região da avenida Paulista, além de clientes de um bar próximo ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) e até uma idosa de 67 anos que deixava uma igreja no centro durante o ato.
O quarto protesto
Com o endurecimento da repressão por parte da Polícia Militar, o quarto ato contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, realizado na noite desta quinta-feira (13), terminou sendo o mais violento da série de manifestações ocorridas na cidade nos últimos dias.
Cerca de 40 pessoas foram detidas antes mesmo de o protesto começar. Antes do início do ato, manifestantes e jornalistas que carregavam vinagre --como o repórter Piero Locatelli, da 'Carta Capital' para reduzir os efeitos de bombas de gás lacrimogêneo foram detidos, sob a alegação da PM de que o produto pode ser usado para fabricar bombas caseiras.
Segundo o Movimento Passe Livre, que organizou a manifestação, pelo menos cem ficaram feridos. Entre os feridos, sete são jornalistas da Folha de S.Paulo. A repórter Giuliana Vallone, da TV Folha, foi atingida no olho por uma bala de borracha disparada por policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Outro repórter da Folha, Fábio Braga, também foi atingido no rosto por disparos de bala de borracha no centro da cidade. Giuliana subia a rua Augusta registrando o protesto quando foi atingida.
Rodrigo Paiva/Estadão Conteúdo
Em São Paulo, policial militar atinge cinegrafista com spray de pimenta durante protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo O fotógrafo Sérgio Silva, da agência Futura Press, foi atingido por uma bala de borracha no olho e corre o risco de perder a visão. Ele está internado no hospital Nove de Julho.
Repórteres do Terra e da Rede Brasil Atual foram agredidos com cassetetes durante a cobertura.
Antes do protesto, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que não iria tolerar atos de vandalismo. Na manifestação, a PM mobilizou grande aparato, com tanques blindados, helicópteros e até a cavalaria. Além da Tropa de Choque, policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e da Força Tática atuaram na repressão, totalizando efetivo de 900 homens.
Segundo relato da repórter do UOL, Janaina Garcia, a polícia atirou indiscriminadamente contra manifestantes, transeuntes e jornalista a trabalho. "Não havia saída pela via nem pelas transversais, todas cercadas pelo Choque". Veja o relato.
Começo pacífico, final violento
O protesto começou por volta de 18h na praça Ramos de Azevedo, no centro, onde os manifestantes se concentravam desde 17h. De lá, o grupo, de aproximadamente 5.000 pessoas, segundo a PM, seguiu até a praça da República. Depois, caminharam pela avenida Ipiranga e chegaram à rua da Consolação, na altura da praça Roosevelt. Até então, não havia registro de ocorrências graves.
Na altura da Roosevelt, os manifestantes foram impedidos pela polícia de seguir na Consolação até a avenida Paulista. Iniciou-se uma negociação entre o comando da PM e lideranças do movimento. Em um dado momento, por volta de 19h10, começou o confronto. Segundo o jornalista Elio Gaspari, da Folha de S.Paulo, os distúrbios começaram pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns 20 homens da Tropa de Choque, que chegaram com esse propósito.
Pouco depois, o major Lidio Costa Junior, do Policiamento de Trânsito da PM, disse que o protesto, que até então transcorria pacificamente, tinha "fugido do controle". "Não nos responsabilizamos mais pelo que vai acontecer", declarou.
EDITORIAS INSTITUCIONAL CONTATO
Sábado 15 de Junho de 2013
Sexta, 14 de junho de 2013, 17h23
Tamanho do texto A- A+
PROTESTOS EM SÃO PAULO
Balanço oficial da PM só conta policiais machucados, ignorando mais de 100 civis feridos
Número de detidos divulgado pela PM hoje –222 -- também é menor que o divulgado ontem, 235
PORTAL UOL
O balanço oficial da Polícia Militar de São Paulo sobre o protesto dessa quinta-feira (13) no centro da cidade e na avenida Paulista revelou que 12 PMs ficaram feridos na ação.
Os números da corporação não registraram os mais de 100 civis feridos –apesar de a repressão nas ruas ter sido feita à base de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha que, segundo relato de testemunhas e jornalistas do UOL e vários outros veículos de imprensa, deixaram diversos manifestantes e transeuntes feridos.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o balanço refere-se somente ao seu efetivo e normalmente não contabiliza civis.
O número de detidos divulgado pela PM hoje –222 -- também é menor que o divulgado ontem, 235. Não foi informado o motivo da disparidade nos números.
Gustavo Basso/UOL
Policial atira bombas contra manifestantes no cruzamento das ruas da Consolação e Caio Prado, no centro de São Paulo Só o MPL (Movimento Passe Livre), que convocou a quarta passeata contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo, contabilizou ao menos 105 feridos durante o confronto –50 na avenida Paulista e 50 na rua da Consolação, onde a Tropa de Choque reagiu à tentativa da passeata em subir a via rumo à avenida.
Entre os civis feridos estão jornalistas e moradores da região da avenida Paulista, além de clientes de um bar próximo ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) e até uma idosa de 67 anos que deixava uma igreja no centro durante o ato.
O quarto protesto
Com o endurecimento da repressão por parte da Polícia Militar, o quarto ato contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, realizado na noite desta quinta-feira (13), terminou sendo o mais violento da série de manifestações ocorridas na cidade nos últimos dias.
Cerca de 40 pessoas foram detidas antes mesmo de o protesto começar. Antes do início do ato, manifestantes e jornalistas que carregavam vinagre --como o repórter Piero Locatelli, da 'Carta Capital' para reduzir os efeitos de bombas de gás lacrimogêneo foram detidos, sob a alegação da PM de que o produto pode ser usado para fabricar bombas caseiras.
Segundo o Movimento Passe Livre, que organizou a manifestação, pelo menos cem ficaram feridos. Entre os feridos, sete são jornalistas da Folha de S.Paulo. A repórter Giuliana Vallone, da TV Folha, foi atingida no olho por uma bala de borracha disparada por policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Outro repórter da Folha, Fábio Braga, também foi atingido no rosto por disparos de bala de borracha no centro da cidade. Giuliana subia a rua Augusta registrando o protesto quando foi atingida.
Rodrigo Paiva/Estadão Conteúdo
Em São Paulo, policial militar atinge cinegrafista com spray de pimenta durante protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo O fotógrafo Sérgio Silva, da agência Futura Press, foi atingido por uma bala de borracha no olho e corre o risco de perder a visão. Ele está internado no hospital Nove de Julho.
Repórteres do Terra e da Rede Brasil Atual foram agredidos com cassetetes durante a cobertura.
Antes do protesto, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que não iria tolerar atos de vandalismo. Na manifestação, a PM mobilizou grande aparato, com tanques blindados, helicópteros e até a cavalaria. Além da Tropa de Choque, policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e da Força Tática atuaram na repressão, totalizando efetivo de 900 homens.
Segundo relato da repórter do UOL, Janaina Garcia, a polícia atirou indiscriminadamente contra manifestantes, transeuntes e jornalista a trabalho. "Não havia saída pela via nem pelas transversais, todas cercadas pelo Choque". Veja o relato.
Começo pacífico, final violento
O protesto começou por volta de 18h na praça Ramos de Azevedo, no centro, onde os manifestantes se concentravam desde 17h. De lá, o grupo, de aproximadamente 5.000 pessoas, segundo a PM, seguiu até a praça da República. Depois, caminharam pela avenida Ipiranga e chegaram à rua da Consolação, na altura da praça Roosevelt. Até então, não havia registro de ocorrências graves.
Na altura da Roosevelt, os manifestantes foram impedidos pela polícia de seguir na Consolação até a avenida Paulista. Iniciou-se uma negociação entre o comando da PM e lideranças do movimento. Em um dado momento, por volta de 19h10, começou o confronto. Segundo o jornalista Elio Gaspari, da Folha de S.Paulo, os distúrbios começaram pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns 20 homens da Tropa de Choque, que chegaram com esse propósito.
Pouco depois, o major Lidio Costa Junior, do Policiamento de Trânsito da PM, disse que o protesto, que até então transcorria pacificamente, tinha "fugido do controle". "Não nos responsabilizamos mais pelo que vai acontecer", declarou.
Eduardo Anizelli/Folhapress
A PM usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os ativistas, que responderam atirando objetos. A partir de então, o protesto se dispersou. Grupos menores prosseguiram por ruas dos bairros de Cerqueira César e Consolação na tentativa de chegar até a Paulista.
Atrás deles, a PM, com grande efetivo, disparou muitas balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Transeuntes que não estavam participando do protesto foram atingidos, como uma idosa de 67 anos, baleada no rosto logo após sair de uma igreja.
A avenida Paulista foi esvaziada e bloqueada pela PM com tanques blindados. Muitos manifestantes ainda tentavam chegar à avenida, mas eram impedidos pelos policiais. Por volta de 21h45, a Paulista foi liberada para os carros.
Perto das 22h, um grupo de curiosos e remanescentes da manifestação foi retirado à base de golpes de cassetete pela PM do vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo). Cerca de 22h40, um grupo de pelo menos 40 pessoas saiu em uma minipasseata pela calçada, a uma quadra do museu, pedindo o "fim da violência". Eles foram recebidos com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.
O fotógrafo Filipe Araújo, 33, do jornal "O Estado de S.Paulo", disse ter sido atropelado foi um carro da Força Tática quando fotografava a barricada feita por manifestantes no lado centro do rua Bela Cintra. Ele sofreu ferimentos no braço e nas costas.
"Os carros da PM desceram a rua atropelando o lixo que estava no caminho. Passaram por mim, mostrei minha câmera, mas me atropelaram e caí de lado, na beira da calçada. Aí desceram de um dos carros e ainda gritaram: 'levanta, levanta', sendo que eu tinha acabado de ser atropelado", disse.