A manifestação desta quinta-feira, 20, em Cáceres, tem estudantes na sua organização, e foi delineada pelo grupo aberto Acorda Cáceres, que se baseou em enquetes feitas em sua página virtual. Reforma política, descaso com a saúde pública, educação de qualidade são temas que foram levantados. O grupo foi criado com a intenção de denunciar as péssimas condições das politicas públicas da cidade de Cáceres , a falta de incentivo nas diversidades culturais, na arte, na música. A falta de investimento na educação, as péssimas condições nas escolas publicas e na própria UNEMAT. "Chega dessa politica pão e vinho, vamos deixar o comodismo um pouco, aproveitar a inspiração com a onda de protestos e mostrar que CÁCERES NÃO ESTÁ SURDA E MUDA, TAMBÉM ESTAMOS NOS DESPERTANDO."-diz a mensagem expressa na página. A intenção é uma manifestação pacífica. Os organizadores estão percorrendo escolas convidando os estudantes para que participem. O objetivo é que não haja ingerência política. O ato não tem partido. É popular. Segundo o universitário Magnun Paula, que cursa Geografia na Unemat, a pauta da manifestação "é uma pauta construída pelas pessoas, cada um insere sua opção na página e ai as pessoas vão votando no que acreditam que deve ser as principais pautas. Mas mesmo quem não esteja no grupo, tem minimamente a noção do que precisa ser melhorado, não há gente vivendo no país das maravilha, só gente acomodada que quando vê todos na luta sai da acomodação." Ele prossegue afirmando que "o objetivo da manifestação é aproveitar que o Brasil e o mundo estão mobilizados por mudanças e ir as ruas também. Para que o povo cacerense também acorde e tenha disposição para ir para a rua reclamar sobre o que tem que melhorar, pois com certeza não está tudo bem. A ideia é juntar os descontentes, colocá-los na rua para que mais descontentes vejam e saiam para as ruas outras vezes." O Ato de Indignação acontece nesta quinta-feira, 20, a partir das 17:30 horas, saindo da Praça de Eventos da Sematur e terminando no campus Jane Vanini, da Unemat. O comandante da Polícia Militar em Cáceres, major Adalberto Gonçalves de Paula, informou que a instituição não recebeu nenhum comunicado sobre a manifestação, mas já está organizada para manter a ordem. "Esperamos que seja uma manifestção pacífica, caso não seja, estamos prontos a agir. A PM, a Força Tática, o GAT (policiais que fazem o patrulhamento de moto) e o Serviço de Inteligência, até mesmo os policiais administrativos foram convocados a trabalhar". O Oficial não revelou o números de policiais que serão empregados, afirmando que a informação sobre contingente é uma informação reservada.