Agente prisional preso pela PF está no cargo há apenas seis meses
Por Diário de Cáceres
26/12/2013 - 17:51
Com o devido resguardo da fonte, após o dia inteiro buscando a informação, o Diário de Cáceres conseguiu o nome do agente prisional preso na manhã de hoje pela Polícia Federal em Cáceres. Trata-de de Clodomar Maximiano Pereira, da última turma de agentes que assumiram.Ele tem apenas seis meses no cargo, estando portanto em período probatório.
A direção da Cadeia Pública não deu informação sobre os fatos e informou que não poderia passar o nome do agente por não ter recebido oficialmente da Polícia Federal. Não há informação do local onde o agente está preso.
Veja o release encaminhado na manhã de hoje pela Polícia Federal:
A Polícia Federal estava investigando algum tempo informações de que um preso da Cadeia Pública de Cáceres/MT estava tentando obter liberdade corrompendo os funcionários do presídio. A ideia era de que obtivesse sua liberdade mediante fuga antes das festas de final de ano mediante a corrupção de funcionários do referido presídio.
Um dos agentes prisionais, o qual teria sido cooptado pelo mesmo, tentou corromper outros três colegas seus oferecendo-lhes a quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil) reais para ajudá-lo na empreitada criminosa, sendo as propostas foram recusadas.
Segundo informações obtidas, o referido agente estaria exibindo condições financeiras acima de suas possibilidades, tendo comprado um veículo à vista recentemente, o que sugeriria que o mesmo aceitou parte do dinheiro para execução do plano, bem como vinha tentando corromper outros colegas para auxiliá-lo no plano.
A ação policial teve o seu desfecho na data de hoje (26/12/2013) tendo sido cumpridos dois mandados de busca em endereços utilizados pelos investigado, os quais foram expedidos pela Justiça Criminal de Cáceres/MT. Além disto, foi realizada a prisão preventiva do mesmo visando evitar que o auxílio à fuga fosse executado, bem como prevenir que o referido agente introduzisse arma de fogo no presídio provocando rebelião ou mesmo a morte de terceiros.
O investigado irá responder pelos crimes de corrupção ativa e tentativa de facilitação de fuga, cujas penas vão de 01(um) a 08(oito) anos de prisão e detenção de 06(seis) meses a 02(dois) anos respectivamente.