Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Comandante da PM diz que a intenção era prender assassino do sargento Miranda
Por Diário de Cáceres
26/12/2013 - 09:07

Foto: web
O comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar de Cáceres, major Gonçalves, informou há pouco que o menor morto em confronto com a polícia, na manhã de ontem(24), foi alvejado com um único tiro, de pistola ponto 40. Indagado sobre o motivo de todas as viaturas terem entrado em comboio passando com os intermitentes ligados(giroflex), após a ação, ele disse que este é um procedimento comum na PM, após uma ação bem sucedida, no caso, a prisão do assassino de um colega de farda. Segundo ele, a perícia no local, feita por peritos da Politec de Cáceres, terminou por volta das 17 horas de ontem. A reportagem tentou contato para saber sobre o laudo da morte, mas o telefone da Politec/IML não atendeu. A ação policiai dividiu opiniões na cidade, fato que a reportagem acompanhou nas redes sociais. Enquanto uns afirmam “ a justiça foi feita”, “a justiça do homem foi feita”, “a morte do sargento foi vingada”, outros opinam: “e se fosse seu filho?”. E a frase-chavão aparece em várias postagens: “bandido bom é bandido morto”. O próprio comandante afirmou que a PM esperava prender o criminoso e não matá-lo, e informou que a decisão da forç policial entrar em comboio foi sua. Luan matou no início da madrugada de segunda-feira,23, o sargento PM Luciano Amorim Alves,36, e feriu gravemente o soldado PM W. Miranda, em uma desastrosa ação de abordagem ocorrida no Distrito do Caramujo, a 30 km de Cáceres. Conhecido como “Luanzinho” na região, o menor tinha 17 anos e várias passagens pelo Centro de Ressocialização, de onde havia saído há menos de um mês. Ele era temido pela população, era usuário de drogas e atuava como ‘mula’ para traficantes. A abordagem demonstrou pouca experiência por parte do sargento vitimado: ele chegou bem próximo ao rapaz, ‘enroscado’ no arame de uma cerca, conversando e acreditando que o mesmo fosse se entregar. Os dois policiais atuavam no distrito e conheciam Luan. Na aproximação, a arma do sargento caiu. Ao mesmo tempo, o soldado W. Miranda gritou: “sargento, a moto está aqui’ (a dupla de policiais foi investigar a denúncia de furto de uma Biz preta, que estava com Luan). Neste momento, Luan pegou a pistola do sargento e atirou primeiro no soldado que, alvejado pelas costas, caiu. Depois, desferiu vários tiros no abdome do sargento, e ainda se dirigiu até o soldado caído e disparou um tiro em seu pescoço, fugindo em seguida. De tudo, um saldo triste: um sargento morto, três policiais feridos, e a apropriação de uma pistola da corporação, além de três viaturas avariadas.(A pistola foi recuperado com Luan). Em Cáceres, ao receber a informação, a PM começou a agir. Na saída, na ânsia de chegar logo ao local dos fatos,duas viaturas se chocaram. No percurso, outra viatura bateu de frente com um poste, bem em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal, deixando dois feridos. Foram 56 horas de ação contínua, até a PM pegar Luan. Segundo o major, a PM quis, ao entrar em comboio, dar uma resposta à população. “Até então, para nós, o rapaz estava ferido. Ele morreu no hospital. Nossa intenção é que ele fosse preso e cumprisse pena, assim como aconteceu com os assassinos do cabo PM Sabala, há alguns anos. Os assassinos do cabo foram levados a júri e condenados”. As buscas ao assassino do sargento PM contaram com o apoio dos batalhões de Cáceres, Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), Força Tática, Polícia Civil e Polícia Federal. Indagado pela reportagem se as forças policiais comemoram também quando prendem o assassino de um civil, ele respondeu: “não, este é um caso específico. Perdemos um colega de farda”. A reportagem do DC quis, ao entrevistar o comandante, trazer respostas. Entrevistou também pessoas comuns, a maioria não respondeu. Os poucos que atenderam a reportagem, após narrados os fatos, se limitaram a dizer que esperam das forças policiais o mesmo empenho na captura de um assassino, sendo a vítima um policial civil, militar, ou um cidadão comum.
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