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Médico de Cuiabá fisga jaú de 50 quilos em Cáceres
Por João Arruda, Jornal Cacerense
11/06/2012 - 22:29

Foto: João Arruda
O médico cuiabano Dyjean Alexandre Addor de Souza protagonizou no último final de semana feito raro durante uma pescaria no rio Paraguai em Cáceres. Ele conseguiu capturar um jau amarelo com mais de 50 quilos. O mais curioso foi o local, conhecido como “Caixa D água Velha” que fica na margem esquerda do setor urbano da cidade. De acordo com o médico pescador, entre a fisgada e a captura,a briga com o peixe levou mais de 60 minutos, até colocá-lo no barco. Esse ponto no rio Paraguai que liga o leito à Baía de Cáceres em idos passados sempre foi tido pelos mais experientes como “boca dos jaús”, mas ainda não se tinha noticia da captura dessa espécie apontada como rara, em razão da sua coloração amarelada que se refugia nos poços mais profundos. Enquanto que a outra espécie de couro escuro é mais freqüente nas pescarias de fundo. Os peixes dessa qualidade ainda filhotes habitam os poços mais profundos por auto defesa e acabam mantendo o hábito quando na fase adulta.daí a dificuldade para fisgá-los. Alexandre Addor reside na Capital, mas sempre que pode forma sua equipe e se dirige até a cidade de Cáceres, onde tem como lazer a pescaria no rio Paraguai. Além dele tomaram parte da jornada esportiva outros profissionais liberais como a sua esposa Selma Braga Addor; Hudson Figueiredo; Marcos Corbelino (advogados) e ainda a corretora de imóveis Mirelle Pereira, que mesmo não tendo a sorte de fisgar um exemplar nobre posaram para foto com o jaú. Cáceres é rota para os apreciadores da pesca. É nessa cidade que realiza anualmente o Festival Internacional da Pesca, que arrasta milhares de visitantes a cada edição. A cidade conta ainda com uma infra estrutura com lanchas hotéis, que transportam turistas para pescaria no Pantanal. Na população a expectativa é enorme quanto ao projeto de Lei, de autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT) que defende a suspensão da pesca no Pantanal de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, durante cinco anos. Entretanto diversos moradores consultados pela reportagem são amplamente favoráveis a iniciativa do senador mato-grossense. Os pantaneiros de Cáceres sabem que pescadores do perfil do médico Alexandre Addor, que hospedam com família, abastecem barcos; compram no comércio local e capturam um ou dois peixes, são raros no município. Em geral a “mineirada”. como são chamados os pescadores de Minas, invadem a cidade, trazem de café,gelo, sal até palito de fósforo e ainda arranjam confusão por causa de centavos com os garçons dos bares. Todas as semanas desembarcam em Cáceres em ônibus fretados dezenas de pescadores – notadamente do estado de Minas Gerais -, a cota para cada comitiva desses visitantes gira em torno de 400 quilos de pescado. Eles optam por pintados e caxaras. Estima-se que somente os “turistas” de Minas Gerais, num mês , considerando que descem ao Pantanal 10 lanchas hotéis todas as semanas, fazem uma matança de peixes de cerca de 16 toneladas.Vale acrescentar que existem mais de 40 embarcações no setor. Sem contar que quando não estão pescando, disputam quase a tapa os agenciadores de mulheres, entre cafetinas e rufiões de Cáceres, praticando o chamado turismo sexual. Por outro lado os proprietários de embarcações se posicionam contra ao projeto de Maggi, alegando que geram empregos a dezenas de profissionais como piloteiros, marinheiros., taifeiros, catadores de iscas entre outros. A polêmica em torno do projeto promete desdobramentos, e o setor turístico do município defende um debate aberto no município.
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