Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Henry será o primeiro preso em MT a usar tornozeleira eletrônica
Por Max Aguiar/Hipernotícias
17/03/2014 - 18:57

Foto: arquivo

A previsão é que a partir de final de abril, os presos que estão no regime semiaberto e aberto sejam monitorados pelas tornozeleiras

 
O primeiro condenado a usar uma tornozeleira eletrônica em Mato Grosso será o ex-deputado federal Pedro Henry (PP), condenado há sete anos e dois meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão. 

A informação foi repassada pelo juiz titular da 2º Vara Criminal de Cuiabá, Geraldo Fideles. “Ele é o mais fiscalizado do Estado e, diferente do que muitos pensam, ele está sendo monitorado atualmente e com a chegada das tornozeleiras, em 30 dias ele estará sendo vigiado 24hs por dia”, afirmou Fidéles. 

A previsão é que a partir de final de abril, os presos que estão no regime semiaberto e aberto sejam monitorados pelas tornozeleiras, cuja a unidade custará R$ 214 por mês aos cofres públicos, incluindo o aluguel da tornozeleira, o serviço de monitoramento 24 horas, e o botão de alerta. As tornozeleiras serão doadas pela Secretaria de Justiça à Vara Criminal de Cuiabá.

“No Estado nós vamos adquirir cinco mil tornozeleiras, sendo duas mil será só em Cuiabá. As outras três mil estarão à disposição do estado. Sendo que algumas serão guardadas para novos processos”, afirmou o juiz.
Outro detento que terá que se adaptar a nova ferramenta é o maior estelionatário do Brasil, Marcelo Rocha, que ficou conhecido por se passar como herdeiro da Gol Linhas Aéreas e ter um filme protagonizado pelo ator Wagner Moura.

Marcelo, atualmente condenado ao regime semiaberto não precisará ficar morando em casa de albergado ou alguma colônia para cumprir pena. 

Com a implantação das tornozeleiras, o Estado tentará reduzir a superlotação dos presídios e cadeias públicas de Mato Grosso, assim como os custos com o sistema prisional como um todo.

“O que muita gente não sabe é que a condenação em regime fechado é na penitenciária, no semiaberto é na colônia e no aberto é na casa do albergado. Em Cuiabá só temos o penitenciário, que já é superlotado. A colônia é nas Palmeiras e está interditada e a casa do albergado é para 160 detentos e atualmente está super lotado. Com as tornozeleiras poderemos melhor a fiscalização dos que estão transitando pelas ruas”, finalizou o juiz. 



 
 
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