O ministro interino da Cultura, Vitor Paulo Ortiz Bittencourt, homologou o tombamento arquitetônico, artístico e paisagístico do histórico município de Cáceres, localizado na fronteira com a Bolívia a 250 km da capital Cuiabá (MT). Com o tombamento, ruas, praças e imóveis passam a ser protegidos. A portaria com o tombamento nacional foi publicada no Diário Oficial da União que circula nesta terça-feira26. A cidade nasceu de uma pequena vila, fundada em 1778, em pleno Pantanal em Mato Grosso. O tombamento foi apresentado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e aprovado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. É um reconhecimento da cidade como marco estratégico na proteção da fronteira do país. A cidade também pode receber mais recursos do governo federal e de outras instituições ligadas à cultura. Com uma extensão territorial de 24,6 km quadrados, Cáceres é um dos maiores municípios brasileiros. Sua área é superior a do estado de Sergipe e quase cinco vezes maior que o Distrito Federal. Por estar em uma área de transição de relevo e vegetação - serras, campos de cerrado e planície pantaneira - sua diversidade de flora e fauna formam paisagens de grande beleza. O Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam/Iphan) destaca os valores históricos, urbanísticos e paisagísticos de Cáceres. Desde a sua fundação, a cidade desempenhou importante papel para a definição da fronteira. Ainda segundo o Depam, a cidade merece destaque no incremento da comunicação no século passado entre Vila Bela da Santíssima Trindade e Cuiabá e com a Capitania de São Paulo por meio do Rio Paraguai que corta o município de Cáceres.