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Tentando acalmar ânimos, advogado é agredido pela PM na Arena Pantanal
Por Diário de Cáceres
25/06/2014 - 09:09

Foto: web

O advogado Anderson Figueiredo, que atua em Cuiabá e é bastante conhecido em Cáceres, foi agredido por policiais militares durante o jogo da Copa em Cuiabá. Ele mesmo narra os fatos, que expôs em rede social A reportagem espera  que a PM esclareça os fatos.

 

 

"Quero compartilhar com todos uma situação muito desagradável que ocorreu comigo no final do jogo entre Colômbia X Japão (ocorrido ontem,24) na Arena Pantanal, cidade de Cuiabá/MT, local em que resido há mais de 40 anos e onde minhas filhas nasceram. No final do jogo, me dirigi até a loja da FIFA para adquirir dois bonecos FULECO para minhas filhas que pediram. Total desorganização no local, muitas pessoas furando a fila para pagamento, entre elas, brasileiros, colombianos e japoneses. A demanda era maior que o número de funcionários. Logo atrás de mim, dois cuiabanos, que conheço, inclusive um deles, como profissional da área médica e policial militar, gritaram no ouvido de uns colombianos:-" seus porcos, sujos, vai furar fila no país de vocês”. O clima esquentou essa hora, muitas crianças e familiares próximos

Neste  momento disse aos dois cuiabanos, que estavam vestidos com a camisa do Flamengo, para não brigarem porque estava muito complicada a situação, e eles muitos exaltados me insultaram, momento em que levei uma cabeçada daquele profissional médico e policial militar. Logo em seguida apareceram alguns policias militares, e mais policiais militares e mais policiais militares, e depois que um deles conversou com aquele medico flamenguista e policial militar, fui surpreendido com aproximadamente mais de 07 policiais torcendo meus braços e pescoço, me levando sentido fora da Arena Pantanal. Nesse momento minhas filhas de 05 e 09 anos e esposa aos prantos gritavam pelo meu nome, e  vários brasileiros, colombianos vieram atrás no propósito de explicar aos policiais militares que não tinha sido eu que tinha insultado eles e nem provocado nada, momento em que me identifiquei como advogado e não bandido e que estava ali com minha família, porém tinha sido agredido por um colega deles de profissão deles que estava na loja vestido com uma camiseta do Flamengo (modelo branca) e dando o nome daquele profissional médico e sua patente na PM. Ai fui informado por um policial que não poderia fazer nada por mim, e que era para eu me acalmar. Novamente, disse o nome do médico que também e oficial militar apontando o local em que ele estava, e nada foi feito, nada. Confesso que me senti humilhado diante dessa situação. Vendo minhas filhas e esposa chorando, uma funcionária da loja da FIFA que me atendeu veio para explicar o acontecido aos policiais militares, porém, nada foi feito com aquele médico e oficial da polícia militar. Lamento pelas minhas filhas, esposa e pela falta de preparo, não sei se é essa a palavra a ser atribuída para a Polícia Militar de Mato Grosso. Espero que esse profissional médico e oficial militar, que estava exaltado, reflita o que ele fez, e se ele tem filhos que se coloque no meu lugar, pois, independente do que aconteceu, não estava do lado de ninguém, apenas tentando acalmar os ânimos, entendo que chamar o outro de “porcos, sujos”, ainda mais da boca de um médico e oficial da polícia militar me causa revolta. Espero uma resposta da Polícia Militar de Mato Grosso no sentido de dizer por que não prenderam aquele colega deles (o médico e oficial militar) que estava exaltado acima do normal para uma pessoa indignada com outras que furavam fila para pagamento. Por fim depois de ser levado por aproximadamente 07 policiais militares próximo a saída da Arena Pantanal me mandaram ir embora e se eu quisesse registrasse uma ocorrência. 
Não era isso que eu queria e esperava deixar de recordação para minhas filhas em relação ao Mundial de 2014, eis que estamos guardando lembranças para elas (figurinhas, camisetas, fotos etc). Muitas pessoas filmaram minha indignação e revolta, porém, ser acusado de algo que não foi você o causador causa revolta. Quem puder me ajudar e entrar em contato para ser minha testemunha,  (já tenho duas), esse é O MEU TELEFONE 9923 2922. Não bebo e sempre fui contra bebidas nesse tipo de ambiente. Na foto, a minha família.....
Obrigado, Doutor, pela cabeçada...."

 

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