Uma nota de R$ 100 lançada em 1994, se descontada a inflação, estaria com um valor de R$ 22 atualmente
Em 20 anos do Plano Real, o papel-moeda no Brasil perdeu 4/5 de seu valor. Segundo um estudo do Instituto Assaf, o valor da moeda caiu 78% no período. Assim, uma nota de R$ 100 lançada em 1994, se descontada a inflação, estaria com um valor de R$ 22 atualmente. Uma nota de R$ 50, valeria apenas R$ 11; a de R$ 20, R$ 4,40; a de R$ 10, só R$ 2,20; a nota de R$ 2, valeria 0,44 centavos; e a de R$ 1, apenas 22 centavos. Neste dia 1º de julho, o plano completa seu 20º aniversário.
No período do estudo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 354,74% (até março de 2014), corroendo parte do valor do papel-moeda. Habitação foi o grupo que mais puxou a inflação, tendo subido 655%.
A moeda perdeu valor neste tempo, mas em teoria. Na prática, quem ainda possui uma nota de R$ 1 na carteira - artigo raro de ser encontrado - consegue vendê-la por uma quantia até 100 vezes maior, por ser considerada um item de colecionador.
Coleções, aliás, é o que não faltaram nesses 20 anos de plano. No total, o Banco Central lançou 42 moedas comemorativas. Este foi o caso do Pentacampeonato da Seleção brasileira na Copa do Mundo. Na ocasião, foi lançada uma moeda com valor de R$ 5, com 2.500 tiragens.
Neste ano, foram lançadas algumas moedas para a Copa do Mundo no Brasil. A que tem o Fuleco estampado, mascote oficial do evento, tem valor de R$ 5 e tiragem de 12 mil unidades. O preço de cada moeda é de R$ 190. Entre as notas, houve um lançamento comemorativo: a cédula de R$ 10 que celebrava os 500 anos do descobrimento do Brasil.
Em 20 anos, foram duas famílias de real, sendo que as duas ainda são válidas no mercado. A primeira foi lançada em 1994 e passou a ser substituída por uma segunda família a partir de 2010.
Produção. Atualmente, o meio circulante soma R$ 174,3 bilhões, sendo que a nota em maior quantidade no mercado é a de R$ 50, da 2ª família. No total, são 1,3 bilhão de notas de R$ 50 em circulação. A nota de R$ 1, atualmente não mais produzida, ainda tem 150 milhões unidades no mercado.