Os agentes penitenciários de Mato Grosso decidiram paralisar as atividades, por pelo menos 48h, a partir deste sábado (16) e suspender as visitas aos detentos. O anúncio foi feito pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários Estaduais (Sindspen), que requer uma perícia em todas as unidades prisionais do estado para que seja verificada a insalubridade de cada uma delas. Ao G1, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que só vai falar sobre a paralisação na segunda-feira (18).
“A perícia estava prevista desde o último ano, quando nos reunimos com a secretaria e foi estabelecido um prazo para que o levantamento fosse feito nas unidades. Porém, até então, nada foi feito e a saúde de cada servidor é que está em risco”, pontuou o presidente do sindicato, João Batista de Souza. Ele disse ainda que a decisão ocorreu durante assembleia geral da categoria, no último dia 6, e a adesão da paralisação estaria ocorrendo em todas as 65 unidades prisionais espalhadas em Mato Grosso, entre penitenciárias e cadeias públicas.
Batista ressalta que um dos principais problemas enfrentados pelos servidores é a falta de estrutura em alguns presídios, superlotação e o risco de contaminação de doenças transmitidas pelos reeducandos. Segundo ele, muitos agentes estão com tuberculose, por exemplo, e tiveram que ser afastados para tratamento da doença. “Por meio da perícia podemos identificar a real condição de trabalho do servidor em cada presídio”, destacou.
Entre as piores, nesses quesitos, conforme Batista, está a maior unidade do estado, a Penitenciária Central (PCE), em Cuiabá. Também citou como problemática a Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis, a 218 km da capital. Atualmente são 2.970 servidores trabalhando nas penitenciárias e cadeias
Foto:Caeia Pública de Cáceres