No curso de formação de policiais, a estudante Raphaely Luz ministrou palestra a convite do sociólogo e professor da UFMT, Naldson Ramos. Naldson explica que a participação da transexual foi no curso de extensão em Segurança Pública e Direitos Humanos e tratou da percepção dos policiais sobre o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).
Além de fazer com que os alunos entendessem as especificidades de gênero e a orientação sexual, diz, quis mostrar como, em sua maioria, não só vêm como atuam de maneira preconceituosa, principalmente com as travestis e transexuais.
Especialista em Segurança Pública, Naldson está ensinando que respeitar a condição ou orientação sexual e uma exigência legal. E ainda, que entendam que é na condição exteriorizada, de mulher ou de homem, que devem ser tratadas.
Se o nome civil é Paulo, porém a aparência é feminina e a pessoa quer ser chamada de Paula, é assim que os policiais devem dirigir-se a essa cidadã, ou, no caso inverso, cidadão”, completa.
De acordo com Naldson, como acontece nas famílias, escolas e em outros setores da sociedade, os policiais também tendem a agir com preconceito e achar que a condição ou orientação sexual daquele cidadão que está à sua frente ocorre por falta de vergonha. (AA)