O candidato a governador pela coligação ‘Viva Mato Grosso’, José Riva (PSD), avaliou que o primeiro debate das eleições, realizado nesta segunda-feira (25), pela TV Record, do Grupo Gazeta de Comunicação, o fortaleceu na disputa. De acordo com o candidato, os debates resultam inclusive em crescimento nas pesquisas de intenção de voto.
“O debate vai contribuir para o nosso crescimento na pesquisa, pois o povo de Mato Grosso está me conhecendo e sabendo de algumas verdades que precisam ser ditas. A população mato-grossense percebeu quem fugiu do debate o tempo todo, sem responder as perguntas que foram feitas, procurando subterfugio para falar de outros temas. Inclusive, a sugestão que dou é que, quando um tema for abordado, a resposta deve ser em cima do tema. Em nenhum momento, o candidato do PDT [Pedro Taques] respondeu o que foi questionado, mas, aos poucos, a população vai ver a verdade”, afirmou em entrevista, ao final do debate.
Segundo Riva, um dos adversários, Pedro Taques (PDT), não explicou a população questões importantes que foram levantadas durante o debate: prescrição do caso Cooperlucas - esquema em que foram desviados R$ 230 milhões do Banco do Brasil por meio da Cooperativa Agrícola de Lucas do Rio Verde -, quem é de fato o seu suplente de senador, sobre a presença do seu nome na lista de investigados da Operação Ararath, da Polícia Federal, e sobre as horas de voo da campanha de 2010 para o Senado.
“O Pedro Taques deveria saber que quando ele voou de carona em um avião, com o então candidato a governador Mauro Mendes (PSB), deveria declarar. É assim a lei e, infelizmente, ele não fez, declarou ter seis horas de voo em 2010, deve ter voado de supersônico. Espero que alguém do Tribunal Regional Eleitoral (TER), do Ministério Público Federal (MPF) tenha assistido o debate e tome providência. O candidato do PDT também deveria ver que a lista existe e ele está sendo investigado na Operação Ararath, além de ter respondido sobre o suplente de Senado, foi questionado duas vezes e não respondeu”.
Riva também lembrou que nunca se furtou de responder quando foi questionado sobre algum tema. “O importante de debates como esse é que o povo de Mato Grosso vai começando a conhecer melhor os candidatos. Não fujo dos problemas, homem público tem que se explicar, a sociedade merece isso. Agora, por que omitir os questionamentos? Sobre a prescrição do caso Cooperlucas, o senador era o procurador-chefe, ele também diz que as contas dele foram aprovadas quanto às horas de voo, me ataca o tempo todo, mas esquece que minhas contas também foram aprovadas. Como procurador-geral, deixou na gaveta o processo do Otaviano Pivetta [prefeito de Lucas do Rio Verde e coordenador da campanha de Taques], mas me julga de todas as formas no período que presidi a Assembleia Legislativa”.
O candidato do PSD também afirmou que o nome de Pedro Taques na lista da Operação Ararath não “caiu do céu”. “A lista saiu de dentro da Polícia Federal, e quando começou o processo de investigação, apareceu o nome dele [Pedro Taques], não caiu do céu, não adianta negar que está sendo investigado. Existe documento oficial, mas o processo corre em segredo de Justiça. Mas, além de Taques, consta na lista o nome da sua esposa, a advogada Samira Martins, além do escritório de advocacia do sócio da esposa [Gahyva e Martins Advogados]”.