Localidade de Renecheru, Bolívia.(foto)
A equipe da Polícia Judiciária Civil que acompanhava as buscas junto a Polícia boliviana para localizar a aeronave, o piloto e o copiloto do avião da candidata do Governo do Estado, Janete Riva, retornou na tarde desta sexta-feira (26.09) a Pontes e Lacerda (448 km a Oeste).
A aeronave, modelo King Air, prefixo ATY, foi roubada no último sábado (20.09), no aeroporto do município de Pontes e Lacerda e levada junto com os pilotos. Desde então, a Polícia Civil passou a realizar diligências para localização do avião e na madrugada de domingo (21.09), uma equipe da Delegacia de Pontes e Lacerda se deslocou até a Bolívia para acompanhar o trabalho realizado pela Polícia daquele país, que foi acionada devido a suspeita do avião ter sido levado para uso do narcotráfico.
O delegado de Pontes e Lacerda, Gilson Silveira, acompanhou as diligências no território boliviano junto com dois investigadores. Conforme o delegado, todo o trabalho de buscas foi comandado pela Polícia da Bolívia da região de San Ignácio. "Acompanhamos inúmeras diligências e a gente ainda não tem nada de concreto. Mas foi criada toda uma rede de informação e esperamos ter alguma notícia logo", disse o delegado.
Segundo o delegado Gilson Silveira, na localidade do município de San Ignácio não há radar e é nessa localidade que se tem notícia de um comércio clandestino de aviões e pistas clandestinas. Uma das diligências foi realizada na região de Renecheru, onde se encontra uma das pistas de pouso, a 125 km de San Ignácio.
O delegado explicou que o radar só começa a ser captado em Santa Cruz de La Sierra, e lá a polícia boliviana também está mobilizada nas buscas. "É importante ressaltar que toda a polícia boliviana está mobilizada no encontro dessa aeronave e dos pilotos. Acreditamos que estejam no território da Bolívia, embora não tenhamos nenhuma prova concreta ainda", destacou o delegado.
Quanto aos pilotos, a Policia Civil mato-grossense e a boliviana acreditam que estejam sendo usado pela quadrilha para levar a aeronave até o destino. "Esse avião não é qualquer um que pilota e eles precisam dos pilotos para levar até o destino. Essa é a nossa suposição", disse o delegado.
O delegado esclareceu ainda que enquanto a Polícia Civil não tiver uma prova concreta de que o avião e os pilotos estejam na Bolívia, a atribuição da investigação é da Polícia Civil de Pontes e Lacerda. "A partir do momento que tivermos uma prova efetiva de que o crime ultrapassou a fronteira, o caso será repassado a Polícia Federal, que também acompanha os trabalhos", finalizou.