mas ele faz um alerta à população sobre legalidade do processo
Ao se manifestar sobre matéria produzida pela assessoria do legislativo municipal, onde o vereador Domingos dos Santos (PSC), informa o registro em cartório da chapa de consenso para assumir a presidência da Câmara no biênio 2015/16, o prefeito Francis Maris Cruz afirmou que a Mesa Diretora é o órgão que se encarrega do exercício administrativo da Câmara Municipal e dos atos e ações que são inerentes ao Processo Legislativo do Município. “ A eleição da Mesa Diretora, é de interesse público e tem fundamental importância porque, na escala constitucional, o Presidente da Câmara é, nada mais, nada menos, que o segundo Vice-Prefeito da cidade. Na ausência do Prefeito Municipal e da Vice Eliene Liberato, é do Presidente da Câmara a competência de conduzir os destinos de Cáceres.”
Acredita o prefeito que a legalidade e a democracia haverão de preponderar na eleição do Legislativo, cujo modelo ainda resiste à modalidade arcaica de “eleição indireta”, enquanto melhor seria a adoção da eleição direta no legislativo, tal qual é do povo o referendo que elege o gestor do Poder Executivo. “Na eleição direta não reinaria a possibilidade da “interferência” que tanto assusta o vereador Domingos dos Santos, diz Francis, acrescentando que permanecerá distante do processo, ressaltando que "a administração atual jamais se curvará ao modelo perverso de interferência dos chamados mensalinho ou do mensalão, em troca do aval legislativo para os avanços que pretendemos implementar na cidade.”
O prefeito diz ainda que picuinhas políticas em seu governo permanecerão sepultadas e o povo sempre bem informado de tudo e de todos que efetivamente trabalham pelo progresso pleno da cidade.”O que entristece, diz Francis, é tomar conhecimento que o vereador Domingos abre o jogo da disputa pela mesa de maneira torpe, avesso aos princípios da democracia. Não há “consenso” num grupo de onze que ostenta a adesão de seis, segundo alega. Não há consenso e é antidemocrática a extravagante inclusão na chapa de cargo honorífico, na visível intenção de cercear a inscrição de outra chapa concorrente, por ausência de quórum. Não é democrático o prévio registro em cartório de Termo de Compromisso na composição de chapa, por caracterizar cerceio ao direito líquido e certo do sufrágio livre. Não há consenso quando da Tribuna manifestam-se dois vereadores (Manoel Inácio de Oliveira/PSDB, e Marcinho Lacerda/PMDB) repudiando o cerceio democrático havido da elaboração do Termo de Compromisso e, sobretudo, não há consenso quando o candidato inscrito ao cargo de secretário da Mesa Diretora, vereador Edmilson Campos esbraveja de modo deselegante e chulo, dizendo que seus pares “perderam a oportunidade de calar a boca.” “Resta-me dizer à população para que fique atenta e fiscalize os atos do Legislativo (justo desse poder, a quem cabe fiscalizar). Dê ao Legislativo a mesma atenção dispensada ao Executivo, alvo de tantas críticas –justamente por trabalhar de forma transparente e adotar medidas que desagradam ao interesse de alguns”- conclui o prefeito, indo um pouco além: "Diante destas ilegalidades e descortesia da fala do vereador Edmilson Campos, já há rumores de quebra do compromisso, como assim não podia deixar de ser. E novamente faço um alerta à população para que fique atenta e contrária a esse processo de eleição da Mesa, que segundo dizem, não tem dia para acontecer."