Vinte e dois recuperandos da Cadeia Pública de Cáceres começaram a trabalhar na coleta de lixo do município.
As famílias dos trabalhadores irão receber um salário mínimo, mais uma cesta básica por mês pela jornada de trabalho de 40 horas/ semanais dos recuperandos.
Na última terça-feira (21.10), técnicos da empresa contratada treinaram os recuperandos a utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI). Já na próxima terça-feira (28.10) será a vez de um médico inspecionar a viabilidade dos selecionados trabalhar.
O contrato, que poderá ser prorrogado por mais um ano, ainda prevê a possibilidade da utilização da mão-de-obra de até 70 presos, e uma nova etapa de contratação poderá ocorrer no futuro na área de limpeza urbana por parte da empresa contratada. Porém, as vagas dessa possível segunda etapa só poderão ser preenchidas por recuperandos do regime semiaberto.
O Conselho da Comunidade irá se reunir com outros empresários do município para tentar viabilizar convênios com mais empresas que se interessem em empregar mão-de-obra de recuperandos.
A seleção dos recuperandos foi feita pela Cadeia Pública pelos critérios estabelecidos na lei de execução penal, entre os quais se destacam: estar no regime fechado, ter um sexto da pena cumprida e possuir bom comportamento.
Segundo o diretor da CP, Alexandre Mendes Vieira, a ação contribuirá ao processo de ressocialização, uma vez que “reinserindo-os no mercado de trabalho, antecipa-se a preparação, com humanização para quando voltarem à liberdade”, declara.
O contrato, que tem duração de um ano, foi assinado no dia 15 de outubro após a iniciativa da empresa Impacto e autorização do Conselho da Comunidade (composto por juízes, promotores, Defensoria Pública e sociedade civil) e será monitorado por meio das tornozeleiras adquiridas recentemente pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT).