A proposta do Projeto é que 5 mil mudas de ipês sejam plantadas para capturar
carbono e criar um portal verde na principal via de acesso à Cáceres,
Cáceres, no Mato Grosso, foi a primeira cidade do Estado a ganhar um inventário de emissões de Carbono. A iniciativa foi realizada pelo Projeto Bichos do Pantanal em parceria com o Instituto E. O estudo revelou que o município emite 5.676,341 toneladas de carbono por ano. A principal fonte dessas emissões é o tratamento de lixo em aterros sanitários. A proposta do Projeto Bichos do Pantanal é que esses gases sejam neutralizados a partir do crescimento das plantas que capturam os gases nocivos e os convertem em oxigênio.
A principal via de acesso à cidade, a MT-070, foi escolhida para ser a primeira área a ser reflorestada. Na terça, 15/12, foram plantadas 500 mudas de ipês e outras espécies nativas do Pantanal, ao longo de cinco quilômetros. A proposta é que mais cinco mil mudas sejam plantadas no local em 2015. A manutenção da área será feita pelos alunos e a equipe do Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT).
O Inventários de Emissões de GEE do Mato Grosso é mais uma ação do Projeto Bichos do Pantanal, realizado pelo Instituto Sustentar e patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental. O estudo consiste em um amplo levantamento das principais fontes emissoras de gases-estufa, que causam o aquecimento do planeta e são responsáveis pelas mudanças climáticas.
“O inventário de emissões da cidade de Cáceres é um importante passo para as ações do Projeto no município. A parceria com o Instituto-E, além de traçar um diagnóstico sobre quais são as fontes e atividades mais problemáticas do ponto de vista climático, vai servir como base para que o município compreenda mais sobre o impacto ambiental e a sustentabilidade de suas atividades econômicas”, afirmou Jussara Utsch, coordenadora do Projeto Bichos do Pantanal.
A primeira ação de reflorestamento é fruto de uma parceira com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), a Prefeitura de Cáceres, o Exército e a empresa Floresteca. “A iniciativa é um presentear para a cidade. Em cinco ou sete anos, Cáceres vai ter um corredor verde de ipês para receber os seus visitantes com as cores do Pantanal”, afirma Douglas Trent, pesquisador-chefe do Projeto Bichos do Pantanal.
As mudas de Ipê foram doadas e plantadas pelos estudantes do IFMT. A empresa Floresteca doou a madeira para a construção das estruturas de proteção das mudas. “O objetivo é que além dos benefícios ambientais, essas árvores também atraiam turistas e ajudem a divulgar Cáceres como um portal do Pantanal”, afirma José Renato Maurício da Rocha, coordenador do curso de engenharia florestal do IFMT.
A equipe do Instituto-E iniciou realizou os estudos do inventário em 2014. A diretora do Instituto, Nina Almeida Braga, e o especialista em emissões de gases GEE e pegada de Carbono, Vicenzo Miceli, visitaram os representantes do governo e do setor privado do município para concluírem o Inventário de GEE de Cáceres.
O Instituto-E é uma OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – que surgiu a partir do e-brigade, um movimento de ativismo ambiental que transforma conceitos em atitudes. Sua atuação se concentra nas áreas que compõem o ideário dos seis “e”s: earth, environment, energy, education, empowerment e economics (Terra, Meio Ambiente, Energia, Educação, Empoderamento e Economia). O Instituto tem sede no Rio de Janeiro e é formado por um grupo interdisciplinar, de profissionais do setor privado, público e do Terceiro Setor que integram uma equipe fixa de profissionais com dedicação integral, assim como com um grupo de colaboradores, especialistas nas áreas de comunicação, crédito de carbono, design, educação, eficiência energética, gestão de resíduos, dentre outras.