Ao menos 120 produtores rurais registraram roubos e furtos em suas propriedades neste ano. O número foi divulgado pela Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), com base em um questionário aplicado a 400 entrevistados, no qual ao menos 30% afirmaram ter sido vítima de alguma ação.

Conforme o relato de vítimas, 17% dos casos são referentes ao roubo de defensivos agrícolas. Sete por cento é o número de casos de invasão das residências e roubo de itens de valor. Já outros 5% equivalem ao roubo de maquinários e veículos das fazendas.

Por outro lado, 1% dos entrevistados respondeu que o roubo aconteceu em todos os itens: defensivos, maquinários e pertences de valor. O questionário foi aplicado no Circuito Tecnológico, entre 20 e 31 de outubro.

Os alvos preferidos dos assaltantes, também apontou a pesquisa, são as fazendas da região Oeste de Mato Grosso, onde ocorreu a maior média de ocorrências já citadas. Nessa região, ao menos quatro propriedades tiveram todos os itens investigados furtados.

Já no Leste do estado, aconteceram ao menos três ações dos bandidos limparam as propriedades. Os registros foram juntados, e serão encaminhados pela Aprosoja à Polícia Civil, que trabalha em parceria com a associação desde outubro deste ano.

Ao menos oito municípios foram citados nas ocorrências: Sinop, Primavera do Leste, Diamantino, Tangará da Serra, Querência, Lucas do Rio Verde, Canarana e Sapezal.

Sendo assim, os produtores podem comunicar as ocorrências diretamente para a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), já que muitos registros feitos nas delegacias próximas às propriedades, nem sempre chegam ao setor que investiga os crimes.

O número de propriedades que foram alvo dos bandidos deve ser maior, uma vez que a própria Aprosoja divulgou que no começo do mês passado, ao menos dez furtos foram relatados à associação.

“Entendemos que o primeiro passo é disseminar os contatos entre os produtores rurais, mas o grande número de ocorrências tem nos assustado”, disse o presidente da associação, Ricardo Tomczyk, que pediu ainda mais presença de policiamento na zona rural dos municípios.

Por tanto, a Aprosoja pede para que as vítimas procurem o GCCO para denunciar o caso. Porém, o registro do Boletim de Ocorrência também é indispensável. As denuncias podem ser feitas por meio dos telefones: 197 e (65) 3624-5883.