A Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), da Polícia Judiciária Civil, prendeu um homem de 35 anos, acusado de abusar e engravidar a neta de 11 anos de sua companheira. O suspeito F.G.J, 35 anos, teve mandado de prisão preventiva cumprido, nesta terça-feira (16.12), no bairro Santa Rosa 2, em Cuiabá.

O mandado de prisão preventiva foi decretado pelo juiz da 14ª Vara Criminal, Murilo Moura Mesquita, com base na representação formulada pela delegada da Deddica,  Luciani Barros Pereira de Lima.

De acordo com as investigações da Deddica, o acusado praticava abusos contra a criança desde os 8 anos de idade. Mas o caso somente foi denunciado à Polícia Civil no final do mês de novembro, após a mãe da menina de 11 anos comparecer na unidade policial com o exame de gravidez da filha.

A mãe contou que notou alterações no corpo da filha e a levou para exames de laboratório, onde, para  sua surpresa, foi diagnosticado que a menina está gestante de aproximadamente 6 meses.

No atendimento psicossocial, a vítima relatou que o marido da avó materna estava abusando sexualmente dela há mais de 3 anos, e que os abusos ocorriam na residência da própria avó da vítima e também em uma residência desabitada do patrão da avó, mediante graves ameaças de morte à menina e aos seus familiares. A vítima disse ainda, que, por vezes, o suspeito ameaçava espancar sua avó, caso  não deixasse ele praticar os abusos.

Durante os assédios, que duraram 3 anos, o suspeito, inicialmente, acariciava as partes íntimas da vítima, obrigava a menina a fazer sexo oral, e introduzia os dedos na vagina dela. Pouco antes da criança completar 11 anos, passou a manter relações sexuais com ela, que resultaram na gravidez precoce da vítima.

Na tarde desta terça-feira (16), em posse do mandado de prisão, investigadores da Deddica prenderam o acusado na residência da avó materna da vítima, no bairro Santa Rosa 2, na capital.

A vitima, em razão da pouca idade e da gestação, está recebendo acompanhamento de médicos e de psicólogos do hospital Julio Muller.