Com uma produção de aproximadamente 75 mil toneladas, Mato Grosso foi o maior produtor brasileiro de peixes em 2013. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Estado foi responsável por 19,3% da produção total da piscicultura do país, que foi 392,5 mil toneladas. Mato Grosso produziu 24 mil toneladas a mais que o segundo colocado, Paraná.
Em termos municipais, o maior produtor de peixes e alevinos foi Sorriso, com 21,5 mil toneladas produzidas em 2013. O município de Nossa Senhora do Livramento foi o terceiro que mais produziu com 14,1 mil toneladas.
Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM) que, pela primeira vez, investigou a aquicultura brasileira. A atividade foi subdividida em piscicultura (criação de peixes e alevinos), carcinicultura (criação de camarões e suas larvas e pós-larvas), malacocultura (criação de ostras, vieiras e mexilhões e suas sementes) e criação de outros animais aquáticos (rãs, jacarés e outros).
Conforme a pesquisa, os peixes redondos (Tambacu, Tambantinga e Tambaqui) são as principais espécies criadas em Mato Grosso, representando 75% da produção, seguidos pelos bagres de couro (Pintado, Cachara, Cachipira, Pintachara, Surubim) com 14% da produção estadual.
“A pesquisa retrata uma realidade já conhecida pela Famato e pela Aquamat diante do crescimento da piscicultura estadual, que se apresenta com uma das alternativas para os produtores rurais aumentarem seu portfólio dentro das suas fazendas”, destaca Rafael Linhares, analista de Pecuária da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Diagnóstico da Piscicultura – Em outubro, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) lançou, a pedido da Famato e do Senar-MT, o primeiro Diagnóstico da Piscicultura de Mato Grosso que identificou as principais oportunidades e desafios da cadeia. O estudo levantou ainda o perfil dos produtores e dos consumidores de peixes em Mato Grosso.
Para o diagnóstico foram entrevistados 231 produtores e 16 frigoríficos e pontos de comercialização de peixe. Boa parte desses piscicultores (56%) está há menos de cinco anos na atividade. De acordo com a pesquisa do Imea, a maioria da produção é destinada para o consumo no Estado (72%).