A taxa de prevalência da hanseníase caiu 68% nos últimos 10 anos no Brasil, mas Mato Grosso continua em primeiro lugar em número de casos. O combate ao Mal de Hansen recebe ações coordenadas dos governos federal e estadual no sentido de mitigar os atuais 2.507 casos diagnosticados em Mato Grosso.
Esse número deve mudar porque ainda há dados a serem computados entre os 141 municípios. Com essas novas variáveis, a estimativa é que 2014 tenha número semelhante aos 2.970 casos diagnosticados em 2013.
A prevalência em Mato Grosso foi a maior do Brasil em 2013, com 9,03 casos para cada 10 mil habitantes. Em segundo lugar aparece Maranhão, com 5,29.
A doença é considerada endêmica em todo o país, com maior incidência em cinco estados: Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso e Goiás. Atualmente, são 1,42 casos por 10 mil habitantes no país.
“Porém convém lembrar que só mantemos nossa posição entre os primeiros do ranking no Brasil porque fazemos um trabalho sistemático de diagnóstico precoce, a melhor maneira de detectar e curar pessoas que servem como transmissoras”, explica o coordenador estadual do Programa de Controle da Hanseníase da Secretaria de Estado de Saúde, Cícero Fraga de Melo.
As ações que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, comemorado sempre no último domingo de janeiro, incluem, em âmbito nacional, campanha publicitária para conscientização da população sobre a doença lembrando exatamente a necessidade do diagnóstico precoce. “Hanseníase: quanto antes você descobrir, mais cedo vai se curar”, é o slogan da campanha lançada nesta quarta-feira (21).