Após contra-proposta apresentada pela Casa Civil em que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) pede 30 dias a contar de 18 de março para analisar o edital e se vai ou não realizar o concurso, os servidores do Detran decidiram manter a greve.
“Reiteramos na reunião com Paulo Taques, que o edital elaborado pela UFMT com base em estudo feito por uma comissão formada por servidores do Detran, representantes do Sindicato e técnicos da SAD e com parecer da Controladoria, preenche todos os requisitos legais. Esperávamos, no mínimo, uma proposta de avanço, que garantisse a realização do concurso e o cumprimento da lei. Portanto não será corte de ponto e nem multa de R$ 100 mil que fará a categoria retroceder nessa luta, a greve será mantida”, afirmou Daiane Renner, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran-MT).
A greve começou no dia 2 de março e tem como pauta somente o concurso público. Daiane afirma que a negativa do governo em realizar o concurso é para ganhar tempo porque ele estaria tentando achar um mecanismo para rever a lei de carreira da categoria aprovada em 2013 e consolidada desde então. “Além de estarem tentando achar um mecanismo para alterar um direito conquistado, ficam criando factóides e usando a imprensa para dizer inverdades a respeito da nossa lei e do concurso ou que a categoria passará para um salário de R$ 14 mil iniciais sendo que somente uma função do Detran com 60 servidores de nível superior pode chegar a esse salário depois de 35 anos de trabalho, na aposentadoria”, comentou Daiane.
Referente ao concurso, o Sinetran esclarece que as funções dos 539 vagas, os salários variam de R$ 1500 a R$ 2.500.
ILEGALIDADE DA GREVE- O Sinetran informa que recebeu há pouco a notificação da justiça informando da ilegalidade da greve e já está preparado para tomar as providências jurídicas cabíveis.