Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Viver longe da ansiedade
Por por Wilson Fuá
20/05/2015 - 22:15

Foto: arquivo

Muitas pessoas para viver politicamente corretas, passam seus dias como se estivessem dentro dos corpos das outras e o  tempo todo vivem se ajustando a rótulos para ser que não são, com medo de que os outros não gostem da pessoa que realmente  é, ou para que os outros gostem do que aparentemente parece ser. Mas na verdade apenas estão criando uma barreira entre as pessoas que estão próximas da sua verdade existencial, falseiam a autenticidade,  porque  são possuídas por um estranho que vive dentro de si, porque criou dois “eu” em si mesma.

          Na verdade as pessoas deixam passar as oportunidades em suas vidas, pois não estão acostumadas, nem preparadas para observar tudo que está ao seu redor. Se parássemos um instante por dia e observássemos com os olhos do coração muitas coisas nos seriam reveladas.  E, no decorrer da vida são  contaminadas pela dúvida, pela insegurança, ficam esperando demais pela sorte, ou por uma orientação de um ser superior;  estão por aí, decorando capítulos de livros sobre auto-ajuda, ou confiando em pessoas espertas travestidas de missionários, e a partir dai, essas pessoas são combalidas pela vida depressiva, passam a duvidar das forças que alimentam  a sua esperança,  passam duvidar das mudanças  e com isso as suas decisões são retardadas, fazendo  com que às vezes as oportunidades  fiquem  esperá-las  nas estações do seu caminho.

       As histórias dos dias passados  foram deixadas de lado,  o sentido de transformar a natureza humana está estagnada, o prazer de comemorar as conquistas não tem data marcada e o sentido da vida está sendo trocado por caminhos que imitam certos padrões  impostos pela força do marketing do consumismo e por modismos transitórios.

         Estamos na era dos antidepressivos que atuam sobre os neurônios, mas  não devolvem a paz e a fé.  A doença do século não está no  corpo, mas  na alma, quantas pessoas estão mendigando carinho pela noite na busca desesperada por parceiros para  ajudá-las  a exercitar aquilo que  aqui na terra, acostumamos  chamar de “FAZER AMOR”.

          Quantas pessoas estão vivendo  e  sofrendo a dor da depressão;  simplesmente porque a ansiedade está instalada em todas as suas ações:   o prazer da conquista foi substituída pela desmotivação; o reconhecimento das suas virtudes foram substituídas pela  baixa auto-estima; o prazer de comemorar entre amigos foi substituído pelo  isolamento social;  pensam que o libido alterado pode ser substituído pelas cápsulas fornecidas nos balcões farmacêuticos, pensam que o amor vem depois do sexo;  e ao fim de tudo, sem poder saciar suas futilidades,  o vazio aumenta e  vem o pior, a  idéia de suicídio, porque a depressão já está instalada.

      A solidão só deve ser usada para ouvir uma boa música,  escrever e ler, ou através do silêncio buscar  uma vida intelectual intensamente rica e plena de qualidade mental, mas ao invés de usar a solidão para o crescimento intelectual, muitas pessoas estão sob as amarras do poder da angustia, o que não as deixam nem ouvir uma música suave ou ler um único capítulo de um livro, se estressam  por nada,  e passam a viver  sob a ditadura da inteligência limitada pela ausência do sentido existencial, mas o que fazer?
      É só associar-se ao exército que distribui o  amor ao próximo gratuitamente, através de obras filantrópicas  e na participação de projetos pessoais de ações caridosas.

       Vale à pena tentar, mesmo que você não seja percebido por multidões, mesmo sabendo que você não será eleito para cargos políticos, o importante é saber que dentro de você as mudanças virão através do retorno especial em forma  de paz espiritual, e que  são bem significativas e benéficas para quem dá e até mais do que para aqueles que recebem.  

 

Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com

 

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