Os professores da UNEMAT reunidos em Assembleia Geral no dia 09 de junho, deliberaram pela suspensão temporária da greve iniciada em 1º. de junho e pelo retorno às aulas no dia 15 de junho. 
A decisão da Assembleia tem fundamento na necessidade de ampliar a articulação do movimento em defesa dos Serviços Públicos e dos Direitos dos Trabalhadores, lesados e ameaçados pela atitude autocrática do Governador Pedro Taques em desrespeito a Constituição e as Leis infraconstitucionais que determinam a proteção remuneração dos servidores públicos de forma isonômica, frente às perdas inflacionárias.
A postura do Governador, de desrespeito às leis que garantem direitos aos trabalhadores do Executivo, assume gravidade excepcional e provoca instabilidade das relações entre Estado e Servidores Públicos, afetando diretamente os direitos dos cidadãos. No caso da UNEMAT, o governo expressa indisposição para o diálogo sobre o papel da única universidade pública estadual, cujo principal patrimônio são os seus servidores e a capacidade que a instituição tem para manter quadro de professores mestres e doutores, com condições de pesquisa na região. 
Diante desse contexto, é fundamental que o movimento não seja apenas dos professores da UNEMAT, mas que possamos construir estratégias de mobilização do conjunto de servidores públicos do Estado e que envolva os cidadãos usuários dos serviços públicos.
A greve se constituiu em importante ferramenta de luta e mobilização da categoria docente e permitiu à ADUNEMAT articular junto a outros sindicatos de servidores públicos para construir um novo espaço de diálogo sindical em Mato Grosso. 
O momento é de ampliar o diálogo e a luta para além da carreira de professores e da Universidade. Nesse sentido, foi criada a Frente de Luta pelos Serviços Públicos e pelos Direitos dos Trabalhadores. Uma articulação de sindicatos que envolve a Saúde, o Detran, Médicos e a Educação Básica. Um espaço para definir estratégias de nossas lutas. No dia 17 de junho realizaremos a greve unificada de servidores públicos. 
Complementa a estratégia a agenda de mobilização no interior da universidade, nos diferentes campi, comissões mistas de negociação com a Reitoria da UNEMAT, com o Governador do Estado e com a Assembléia Legislativa. Em agosto, início do próximo semestre, reavaliaremos o cenário para deliberar sobre a retomada da greve. 
Não é só pelos 3,11%!! É pelo direito a um Estado Democrático, Republicano e verdadeiramente comprometido com os direitos dos trabalhadores e com a Universidade Pública de Qualidade. Não vamos aceitar passivamente que roubem nossos direitos, nem a nossa luta!!

Cáceres, 10 de junho de 2015.