O governo do Estado, Executivo, Judiciário, Legislativo, Tribunal de Contas e Ministério Público pagam seus salários na próxima terça-feira, 30, despejando R$ 619 milhões no mercado estadual.
Serão R$ 517 milhões somente do Poder Executivo e outros R$ 102 milhões dos demais Poderes.
O problema é que a reforma administrativa já aprovada, não conseguiu ainda atingir todos os efeitos desejados pela equipe econômica do governo do Estado, tanto que a redução estimada da ordem de R$ 146 milhões/ano e R$ 12 milhões/mensais ainda vai perdurar, algum tempo para ter os efeitos pretendidos.
“Essa é uma implementação que depende de tempo e planejamento para não comprometer serviços essenciais do Estado, já que estamos ao mesmo tempo reduzindo custos e despesas, mas também cumprindo as políticas de reposição de perdas inflacionárias através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC que somou 6,22% e que impactaram num primeiro momento, em mais de R$ 96 milhões os cofres públicos em um momento em que alguns recursos federais se encontram paralisados e tem impactado as nossas finanças”, disse o secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques.
Segundo Paulo Taques que faz parte da equipe econômica do governo do Estado com os secretários Marco Aurélio Marrafon (Planejamento); Paulo Ricardo Brustolin (Fazenda); Júlio Modesto (Gestão); Ciro Rodolfo (CGE) e Patrick Ayala (PGE), constantemente eles se reúnem com o governador Pedro Taques para acompanhar o crescimento vegetativo (automático) da folha de pagamento, as políticas de reposição de perdas ou aumentos reais.
A preocupação, segundo Paulo Taques reside nas determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, quanto aos limites de gastos com salários. No consolidado de todo Estado que envolve todos os Poderes, foram consumidos no primeiro quadrimestres R$ 2.267,9 bilhões, um número 16,8% maior que o gasto no mesmo período de 2014 que somou R$ 1.941,8 bilhão.
Na audiência pública de prestação de contas de 2015, o secretário de Fazenda (Sefaz), Paulo Brustolin, assinalou que nos gastos consolidados, Mato Grosso já atingiu dois limites, o de alerta e o prudencial.
Já quando se vislumbra só o Poder Executivo, todos os limites foram ultrapassados, alerta, prudencial e final.